sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Floresta e energias renováveis

As energias renováveis são encaradas como decisivas no combate ao efeito de estufa e redução da dependência de fontes energéticas externas. A utilização da biomassa florestal pode dar um contributo relevante na resolução destes problemas.


No final do século XX, o aumento da poluição, o efeito de estufa e a previsível escassez petrolífera levaram a comunidade científica, em primeiro lugar, e depois os governos, a advogarem o uso de energias alternativas.

As energias alternativas, como a solar, a geotérmica, a eólica ou a hídrica, para além de serem ambientalmente favoráreis, são praticamente inesgotáveis. No entanto, os interesses financeiros de alguns grupos económicos, a falta de incentivos para Investigação e Desenvolvimento e a inexistência de tecnologias baratas que permitam a sua utilização em grande escala, levam a que a sua importância no panorama energético internacional seja ainda reduzida.


O problema energético europeu


A nível europeu, dados relativos ao ano 2000 apontam para uma dependência energética externa da UE em contínuo aumento. Actualmente, 50% das necessidades energéticas da UE são supridas por produtos importados, maioritariamente do Médio Oriente e da Rússia, e pensa-se que este número poderá aumentar. Esta fraqueza da UE tem tido consequências económico-financeiras evidentes, por exemplo, aquando do forte aumento dos preços do petróleo, em finais do ano 2000.

Em Portugal, os números não são muito diferentes, com o nosso País muito dependente do exterior para o fornecimento de energia. Assim, as importações líquidas de energia têm vindo a aumentar, de 15 501 000 tep em 1990, para 24 118 091 tep em 2000. Registe-se que, em 2000, a produção doméstica nacional foi de 2 426 909 tep, cerca de 10% do total importado. Adicionalmente, o consumidor português ‘gasta’ cada vez mais energia; assim, se em 1990 um português consumia 1,66 tep de energia primária, em 1999 este valor era de 2,35 tep. Outro dado importante é que o nosso país continua a aumentar a sua intensidade energética (consumo de energia por unidade de PIB), contrariamente ao que acontece nos restantes países UE, o que significa que, em média, por cada unidade de PIB produzida em Portugal, gastamos mais energia que os restantes membros da UE.


Energias renováveis: parte da solução

Dada a inexistência de fontes petrolíferas nacionais ou europeias em larga escala, a dependência energética externa, a forte poluição atmosférica provocada pelo uso massivo de combustíveis petrolíferos e, também, os compromissos assumidos no âmbito do Protocolo de Quioto de diminuição da libertação de gases com efeito de estufa (GEE), uma das soluções para o problema passa, inevitavelmente, pelas energias renováveis (ER). Tal como foi referido, estas têm a vantagem de serem inesgotáveis e pouco agressivas para o meio ambiente.

De entre os inúmeros exemplos de ER, iremos ver com mais atenção a biomassa, em particular a biomassa florestal. Por biomassa adoptamos a definição constante da Directiva 2001/77/EC, de 27 de Setembro de 2001, isto é, “a fracção biodegradável de produtos e resíduos da agricultura (incluindo substâncias vegetais e animais), da floresta e das indústrias conexas, bem como a fracção biodegradável dos resíduos industriais e urbanos.”

Biomassa florestal

A biomassa florestal, usualmente associada aos países em vias de desenvolvimento (PVD), têm vindo a ser crescentemente utilizada nos países desenvolvidos (PV). Enquanto que nos PVD, a biomassa representa 90% da oferta energética, nos países da UE representa apenas 3%, com grandes variações de país para país. Com os apoios europeus às ER, prevê-se que possa atingir os 8,5%.


O cumprimento do Protocolo de Quioto

Caso as metas definidas no Protocolo de Quioto sejam realmente para cumprir, pelos países signatários, as suas escolhas energéticas terão necessariamente que mudar.

No caso português, a meta definida para 2008-2010, de não aumentar a emissão de GEE em mais de 27% relativamente aos valores de 1990, foi ultrapassada em 2000, com 31% de emissões. Na prática, o nosso país já gastou o crédito de emissões e terá agora que fazer um esforço suplementar para reduzi-las em, pelo menos, 4%. Estes objectivos só poderão ser atingidas combatendo os principais responsáveis pela emissão: o sector dos transportes e da oferta de energia.

Como pode a biomassa regular as emissões de CO2 atmosférico?

Contrariamente à energia produzida pelas centrais eléctricas a carvão, na combustão de biocombustíveis a quantidade de CO2 libertada equivale à quantidade retirada do ar durante o crescimento da biomassa nos anos anteriores, motivo pelo qual se considera como neutra para o ambiente a queima de biomassa.

Também a constituição de povoamentos com espécies arbóreas de rápido crescimento e curta rotação, explorados com o fim de produção de energia ou da sequestração de carbono, poderiam contribuir para esta meta. No entanto, levantam-se problemas ecológicos e ambientais a esta prática.

Os usos ancestrais dos resíduos da floresta

As transformações da sociedade portuguesa das últimas décadas, nomeadamente a diminuição da população rural, o abandono de práticas agrícolas e dos campos, levaram à desvalorização económica dos resíduos da floresta, encarados agora como lixo e abandonados na floresta. A lenha que outrora se recolhia nos baldios para o aquecimento e confecção das refeições foi substituída pela electricidade e pelo gás, a cama dos animas feita com matos foi abandonada, os fertilizantes orgânicos substituíram os matos e o estrume e os homens e mulheres que roçavam o mato vieram para a cidade.


A produção de energia eléctrica a partir da biomassa

A presença de matos e de outros resíduos da exploração florestal nas matas e povoamentos nacionais contribuem para o elevado número de incêndios que, anualmente, consomem mais de 100 mil hectares.

A biomassa florestal existente pode ser transformada, pelas diferentes tecnologias de conversão, em energia térmica e eléctrica, trazendo importantes benefícios sociais, económicos e ambientais. Uma contabilização dos resíduos florestais existentes nos povoamentos nacionais aponta para um potencial energético de 44,55 PetaJoule por ano, o equivalente a 1 238 milhões de litros de petróleo.

No nosso País existem duas centrais termoeléctricas que permitem o uso dos resíduos florestais para produção de energia eléctrica. Uma das centrais localiza-se em Mortágua (Central de Mortágua) e a outra em Vila Velha de Ródão (Centroliva, SA). A Centroliva tem menor dimensão, com uma capacidade instalada de 3 MW e um consumo diário de cerca de 120 toneladas de biomassa.

A central de Mortágua representou um investimento de 25 milhões de euros, em 1999. Com este investimento esperava-se a produção de 63 GWh de energia eléctrica, para fornecimento directo à rede eléctrica nacional. Dados relativos ao ano 2001 apontam, no entanto, para uma produção muito aquém da esperada. Espera-se para breve um relatório do "Grupo de trabalho sobre biomassa florestal" do INETI sobre a actividade da central, para se perceberem as fragilidades do projecto, de forma a corrigir futuros investimentos.

Condicionantes ao uso da biomassa florestal

1. Um dos problemas na difusão e maior aproveitamento dos resíduos florestais é a sua baixa densidade que, ao encarecer o transporte, implica que o mesmo só se faça de forma rentável para pequenas distâncias. Terão que ser equacionadas práticas de compactação ou estilhaçamento no local de recolha do material vegetal, de modo a rentabilizar economicamente o transporte e evitar um acréscimo da circulação rodoviário;

2. Grande parte dos produtores de resíduos florestais não se encontra sensibilizada para a sua utilização energética; será necessária uma maior divulgação e incentivos para fomentar esta prática;

3. É importante aumentar a divulgação da reutilização de resíduos madeireiros em processos fabris;

4. O aproveitamento da biomassa florestal requer cuidados especiais, de modo a que a vegetação que permaneça no local consiga assegurar a protecção dos solos e a manutenção dos habitats;

5. Falta de um levantamento nacional para identificação do potencial de utilização de biomassa, o que condiciona possíveis investimentos financeiros nesta matéria.

O desafio português

A problemática energia/ambiente e as orientações legislativas da UE levaram o governo português a publicar, em Setembro de 2001, o programa E4 “Eficiência Energética e Energias Endógenas”. Este Programa envolve um conjunto de medidas com o objectivo de, pela promoção da eficiência energética e da valorização das energias endógenas, contribuir para a melhoria da competitividade da economia nacional e para a modernização da sociedade portuguesa, salvaguardando simultaneamente a qualidade de vida das gerações vindouras, pela redução de emissões atmosféricas. Uma das medidas mais ambiciosas do E4 é a meta imposta de, num horizonte de 10 a 15 anos, 39% da energia eléctrica nacional ser assegurada por energias renováveis. Relativamente à biomassa, espera-se que os investimentos, até 2010, atinjam os 160 milhões de euros. Outras medidas importantes são a promoção das fontes de energia emergentes, como a biomassa, os incentivos fiscais à utilização de energias endógenas e os apoios financeiros, via Programa Operacional da Economia.

Definição útil


tep – tonelada equivalente de petróleo


Bibliografia consultada


Staiss C. e Pereira H. (2001). Biomassa, energia renovável na agricultura e no sector florestal. Revista AGROS, 1:21-30.


Biomass energy: data, analysis and trends


www.iea.org


World Energy Outlook


www.iea.org/weo/insights.htm

Nuvens, quando o invisível se revela

Quando a humidade atmosférica se revela criam-se as nuvens, de suprema importância para a vida na Terra. Qualquer que seja a perspectiva com que as encaremos, uma visita ao mundo das nuvens é, quase por definição, apaixonante.


Nem mesmo nos desertos mais áridos, o ar é desprovido de humidade. Quando esta se torna visível, chamamos-lhe nuvem. As nuvens são simultaneamente causa e efeito de uma série de fenómenos atmosféricos e nessa medida, têm um forte impacto nas nossas vidas. Elas dizem-nos que roupa devemos vestir, se devemos usar óculos de sol e mesmo se devemos ficar em casa ou ir à rua.

A humidade existente no ar provém em cerca de 90% da evaporação dos oceanos. Sempre que uma massa de ar carregada de humidade arrefece, a água até ali no estado gasoso condensa em minúsculas gutículas ou cristais de gelo e torna-se visível.

Os fenómenos que estão na origem do aparecimento de nuvens são de origem diversa e podem actuar separadamente ou em conjunto, dando origem a nuvens muito diferentes umas das outras. De uma forma geral, a temperatura do ar vai diminuindo à medida que a altitude vai aumentando. Daí que sempre que uma massa de ar é, por qualquer motivo, impelida para cima, entra em contacto com um meio mais frio, levando a que a água em si contida se condense e forme nuvens. Existem várias razões para que o ar se desloque verticalmente. A convecção, resulta do aparecimento de correntes ascendentes, provocadas pelo aquecimento da superfície da Terra, que impelem o ar para cima e que podem originar nuvens. As nuvens frontais formam-se sempre que uma massa de ar quente se encontra com uma massa de ar frio: a primeira é empurrada no sentido ascendente e condensa, formando nuvens densas e até tempestades. Existem ainda, as nuvens orográficas, que como o nome indica estão intimamente ligadas ao relevo. Quando o vento, que não é mais do que ar em movimento, encontra no seu caminho montanhas, segue o declive ascendente até eventualmente atingir o ponto de condensação.

O nevoeiro é o caso particular de uma nuvem que se forma ao nível do solo e que por isso não está dependente de qualquer tipo de corrente ascendente. O nevoeiro forma-se quando o ar húmido entra em contacto com um solo que perdeu temperatura durante a noite ou, com uma massa de ar mais frio. Por esta razão, o nevoeiro é mais frequente em noites claras em que a superfície da terra perde mais calor, sendo provável que no dia seguinte o Sol dissipe rapidamente o nevoeiro e se constate o ditado português "manhã de nevoeiro, dia soalheiro". Como o ar frio é mais denso, também acontece que ao se precipitar em vales ou outras depressões, entra em contacto com ar húmido que condensa e dá origem a um nevoeiro ou bruma característicos.

As nuvens têm acompanhado a existência do nosso planeta desde a sua formação, mas apenas no início do sec. XIX é que os Homens se debruçaram sobre a sua classificação. A terminologia que ainda hoje utilizamos, baseia-se na proposta em 1803 pelo cientista inglês Luke Howard. Pelo facto das nuvens serem estruturas altamente dinâmicas que podem apresentar formas intermédias, mesmo com regras de classificação bastante claras, a atribuição de um determinado epíteto nem sempre é fácil.

A terminologia utilizada para distinguir as nuvens assenta fundamentalmente em dois critérios: a forma e a altitude. Quanto à forma, as nuvens dividem-se entre as Cumuliformes, que fazem lembrar algodão e as Estratiformes que se apresentam sob a forma de uma camada. Quanto à altitude, classificam-se as nuvens a cima dos 5000m como cirros e para tal associa-se ao restante nome o prefixo "cirro". Para as nuvens situadas entre os 5000 e os 2000 metros, acrescenta-se o prefixo "alto". Às nuvens baixas não se acrescenta qualquer prefixo. A estas designações pode ainda somar-se uma adjectivação mais completa, também com origem no latim, e que descreve aspectos particulares da forma ou da dimensão das nuvens. Através da conjugação, destes termos podem designar-se cerca de três dezenas de tipos diferentes de nuvens, mas as mais vulgares, começando de baixo para cima são os Cumulonimbus, Cúmulos, Estratos, Estratocúmulos, Altoestratus, Altocúmulos, Cirroestratus, Cirrocúmulos e Cirros. As nuvens cumuliformes assinalam frequentemente tempo instável com aguaceiros. As nuvens estratiformes, decorrem muitas vezes da aproximação de uma superfície frontal, e por consequência anunciam uma viragem do estado do tempo, muitas vezes para regimes de pluviosidade intensa.

Em comum a todas estas nuvens, há o facto de mais tarde ou mais cedo, acabarem por desaparecer de uma de duas maneiras: ou se dissipam, o que significa que a água volta por acção da temperatura novamente ao estado gasoso, ou se precipitam, dando origem a chuva, granizo ou neve. Este último é o cenário que decorre do aumento do tamanho das partículas de água que a constituem. Uma gutícula de água numa nuvem tem em média 0,02mm, que é uma dimensão tão ínfima que lhe permite que, por acção do atrito e das correntes ascendentes, se encontre suspensa. No entanto, se no seio da nuvem houver turbulência, as gutículas colidem umas com as outras dando origem a gutículas maiores, que podem ir dos 0,5 aos 6,35mm e que forçosamente se precipitam por acção da gravidade. A natureza dessa precipitação, água, gelo ou neve, vai depender da temperatura dentro e fora da nuvem.

Para alem de serem responsáveis pela precipitação, as nuvens protagonizam ainda outro fenómeno atmosférico ímpar: as trovoadas. Apesar da trovoadas acontecerem muito frequentemente (em cada momento existem entre 1500 e 2000 tempestades activas no globo, que produzem mais de 100 raios por segundo e que apenas nos Estados Unidos da América vitimam todos anos cerca de 100 pessoas), a maneira como estas se processam ainda não foi completamente decifrada. Desde as primeiras experiências do cientista americano Benjamim Franklin, no sec. XIX até aos dias de hoje, ficámos a saber que as trovoadas se devem a diferenças de polaridade dentro das nuvens, mas continua a ser surpreendente a força resultante dessas trocas eléctricas. Um raio, que pode ter um comprimento de 30 Km, viaja a 96 000 Km por segundo e pode atingir uma temperatura de 30 000º C, ou seja cinco vezes mais quente que a superfície do Sol.

Para além das suas implicações de carácter meteorológico, as nuvens acrescentam frequentemente à paisagem uma inegável valia estética e contribuem de forma ímpar para enriquecer o imaginário cultural e onírico de muitos. Quantos de nós não nos detivemos já a encontrar nas nuvens formas familiares? A isso chama-se "nephelococcigia".

As nuvens constituem ainda um aspecto visível de uma atmosfera em permanente movimento, e nessa medida são auxiliares importantíssimos na previsão tempo. Mesmo assim, os seus caprichos não cessam de nos recordar a nossa verdadeira dimensão.

Fonte: Naturlink

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Estudo: Parques Naturais contribuem para a prosperidade das populações adjacentes

O trabalho de investigação concluiu que, entre 1996 e 2006, a maioria das famílias que viviam nos arredores do Parque Nacional de Kibale, no Uganda, melhoraram a sua vida através de um melhor acesso a água potável, posse de mais cabeças de gado e aquisição de um telhado de metal em substituição do de colmo que é característico das casas tradicionais.

Foi recentemente publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, um estudo que contraria a ideia generalizada de que as áreas protegidas contribuem de forma negativa para a prosperidade e bem-estar das populações envolventes.

A investigação, que teve como objectivo esclarecer a relação entre a conservação da Biodiversidade, os parques e a pobreza acompanhou a vida de 252 famílias que viviam a menos de 5Km do Parque Nacional de Kibale (Uganda) entre 1996 e 2006, e comparou-a com a de outras famílias que habitavam zonas mais distantes do parque.

Os resultados revelaram que, embora 10% das famílias do parque tenham tido de vender as terras, um sinal de pobreza extrema, a maioria prosperou mais ao longo dos 10 em que foram monitorizadas do que os agregados familiares que viviam longe da área protegida, através de um melhor acesso à água potável, a posse mais cabeças de gado e a substituição do telhado de colmo das casas tradicionais por um telhado de metal.

Os cientistas concluíram por isso que a pobreza que rodeia o parque não é consequência da sua existência.

Como explica Lisa Naughton, primeira autora do artigo recém-publicado “Se está preocupado com o bem-estar das pessoas que vivem à volta dos parques, não parta do princípio que é o Parque que os está a condenar à pobreza. Em vez disso, vire-se e olhe na direcção oposta. A terra está a tornar-se mais escassa e a maioria das florestas públicas foram eliminadas ou privatizadas. Há muitos outros factores, não apenas o parque”.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

25 Dicas para uma casa mais sustentável

Comprar, construir ou arrendar uma casa é uma decisão que envolve muitas questões. Se pretende mudar de casa, é a altura certa para olhar para o futuro espaço de forma sustentável, para que seja social, económica e ambientalmente equilibrado.

Comprar, construir ou arrendar uma casa é uma decisão que envolve muitas e importantes questões. Se pretende mudar de casa, eis a altura certa para olhar para o futuro espaço de forma mais sustentável. A Quercus vai tentar ajuda-lo nesta decisão, de forma a torná-la social, económica e ambientalmente equilibrada. Apresentando 25 sugestões, vamos tentar contribuir para que a sua decisão seja o mais próxima dos seus padrões de conforto, “poupando na sua carteira” ao mesmo tempo que “poupa no ambiente”!

1. A localização de um edifício é muito importante no que respeita às necessidades térmicas do espaço interior. Estas necessidades estão contempladas no Regulamento de Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE), onde se apresentam estratégias que contribuem significativamente para a melhoria do desempenho térmico dos edifícios. Procure aconselhamento especializado para verificar se a casa que vai habitar cumpre este Regulamento tanto para a situação de Verão como para a situação de Inverno.

2. Prefira um local arejado com pouco trânsito automóvel, o que se traduz em menos poluição e, bem servido de transportes públicos, para que os possa usar em alternativa. Se lhe for possível habitar próximo do seu local de trabalho, desloque-se a pé. Far-lhe-á bem à saúde e contribuirá para um ambiente mais saudável.

3. O Sol é a nossa maior fonte de energia. Tire disso o melhor proveito escolhendo uma casa maioritariamente orientada a Sul de molde a minimizar consideravelmente as necessidades de aquecimento durante a estação de Inverno. A radiação solar incide nas janelas de vidro e aquece de forma natural o espaço interior.

4. Durante a estação de Verão, há que impedir o sol de incidir nas janelas voltadas a Sul, verifique se as janelas possuem uma protecção pelo lado exterior: uma pala, persiana ou até vegetação (de folha caduca no Inverno).

5. Se a casa que vai habitar tiver janelas orientadas a nascente (Este) ou poente (Oeste) necessita obrigatoriamente de persianas exteriores, pois é nestas orientações que o sol incide mais horizontalmente. É imperativo, durante a situação de Verão, correr estas persianas, protegendo o vidro, pela manhã a Nascente e ao final da tarde a Poente.

6. O lado Norte da casa deve ser reservado a W.C.s, arrumos, ou outras divisões que necessitem de poucas aberturas (ou mesmo nenhuma) para o exterior. É nesta orientação que se originam grandes perdas térmicas através do vidro durante a estação fria. Se for impossível a escolha de uma casa sem divisões orientadas a Norte, então tenha sempre presente esta questão.

7. As fachadas envidraçadas originam grandes ganhos térmicos na estação quente e perdas térmicas muito consideráveis durante a estação fria, o que implica sistemas de climatização adicionais para corrigir este efeito. A área de envidraçado de uma divisão não deve ultrapassar 15% da área de pavimento dessa divisão.

8. Devemos também tirar partido do sol no que respeita a iluminação. Prefira divisões iluminadas naturalmente para minimizar a necessidade de iluminação artificial. Existem no mercado equipamentos de transporte de luz natural para divisões não iluminadas. Este “transformador de luz natural” canaliza a luz do exterior para o interior.

9. Sempre que necessária a iluminação artificial, opte por lâmpadas de baixo consumo e por iluminação localizada (só apenas onde é de facto necessária). Esta iluminação deverá ser provida de dispositivos para regulação do ambiente luminoso.

10. Se a casa que vai habitar ainda não possui equipamentos electrodomésticos, prefira, sempre que possível, os de Classe A, mais eficientes no que respeita ao consumo de energia e ao contrário do que se pensa não são necessariamente mais caros.

11. A localização e orientação solar, bem como a construção do edifício, é determinante para se ter uma casa confortável, do ponto de vista térmico. Verifique na Ficha Técnica da Habitação (FTH) como são as paredes exteriores do edifício. Deverá optar por soluções de parede dupla com isolamento ou parede simples com isolamento pelo exterior da parede.

12. O isolamento térmico adequado é determinante para evitar perdas de calor no Inverno ou ganhos de calor no Verão, mantendo assim uma temperatura constante no interior de sua casa. Prefira um material de isolamento com um baixo índice de condutibilidade térmica (U-value), mas com baixo teor de energia incorporada (energia consumida desde a extracção da matéria prima até ao produto final).

13. Verifique as caixilharias e o vidro. Aquelas com corte térmico (são fabricadas de forma a promover uma redução da transmissão térmica entre 40% a 60%) e vidro duplo são as mais indicadas do ponto de vista de conservação de energia. No entanto, deverá optar por caixilharias com grelhas de ventilação, para facilitar a renovação do ar.

14. Dê especial importância aos materiais utilizados, preferindo os de baixo impacte ambiental, não só na sua produção, mas também ao longo da sua vida útil. Informe-se sobre o poder de reutilização ou reciclagem dos materiais utilizados na sua casa.

15. É importante escolher materiais homologados e/ou com marcação CE e, nos casos mais importantes, solicitar os certificados de conformidade de acordo com as especificações aplicáveis, emitidos por entidades idóneas e acreditadas, seguindo as instruções dos fabricantes para a aplicação dos mesmos.

16. Verifique se a cobertura do edifício (terraço ou telhado), está adequadamente isolada (poderá fazê-lo através da FTH). Prefira um isolamento imputrescível e resistente à água, preferencialmente colocado sobre a laje e sobre a camada de impermeabilização.

17. Se o pavimento de sua casa estiver em contacto com o solo, opte por isolantes térmicos imputrescíveis e resistentes à água, ou pavimentos com caixa-de-ar e devidamente impermeabilizados para evitar perdas térmicas ou outras patologias associadas através do solo (estas soluções construtivas devem vir explicadas na FTH)

18. A renovação do ar interior é muito importante para que se mantenham as condições de salubridade interior nos edifícios. Uma casa insuficientemente ventilada poderá gerar humidade através dos vapores que se formam, afectando o conforto ou mesmo a saúde dos habitantes. Verifique se as caixilharias possuem dispositivos que permitem a ventilação.

19. As cores utilizadas nas fachadas e coberturas também influenciam o conforto térmico. Seja selectivo na escolha da cor de sua casa, considerando que, as cores claras não absorvem tanto o calor como as cores mais escuras (enquanto uma fachada branca pode absorver só 25% do calor do sol, a mesma fachada, pintada com cor preta, pode absorver o calor do sol em 90%).

20. Se a casa que pensa habitar está provida de equipamentos que funcionam à base de energia renovável, tanto melhor! Se vai construir é altura de os aplicar. De entre os vários existentes no mercado destacam-se:

Colectores solares térmicos

Estes equipamentos captam a energia do Sol e transformam-na em calor, permitindo poupar até 70% da energia necessária para o aquecimento de água. O RCCTE diz que todos os edifícios novos com condições de exposição solar adequada serão obrigados a ter, sempre que seja tecnicamente viável.

Painéis solares fotovoltaicos

Estes painéis constituem uma das mais promissoras formas de aproveitamento de energia solar. Por meio do efeito fotovoltaico, a energia contida na luz do Sol é convertida em energia eléctrica. Estes sistemas podem ser utilizados em locais isolados, sem rede eléctrica, ou como sistemas ligados à rede.

Bombas de calor geotérmicas

São sistemas que aproveitam o calor do interior da Terra para o aquecimento do ambiente. Actuam como máquinas de transferência de calor. No Inverno, absorvem o calor da Terra e levam-no para sua casa. No Verão, funcionam como ar condicionado, retirando o calor de sua casa para arrefece-lo, no solo.

Mini-turbinas eólicas

A energia do vento acciona estes sistemas para fornecer electricidade a uma micro-escala. Embora as micro-turbinas eólicas mais comuns sejam colocadas no terreno, existem umas de pequena dimensão que podem ser colocadas no topo das habitações. Podem significar uma redução do consumo de electricidade de 50% a 90%.

Sistemas de aquecimento a biomassa

A biomassa pressupõe o aproveitamento da matéria orgânica (resíduos provenientes da limpeza das florestas, da agricultura e dos combustíveis resultantes da sua transformação). Em casa, este tipo de matéria pode ser utilizada, por exemplo, em sistemas de aquecimento, representando importantes vantagens económicas e ambientais.

21. Existem no mercado torneiras de regulação do fluxo de água, que permitem reduzir o caudal estimulando a poupança deste recurso. Se a casa que vai habitar não possui estas torneiras, existem peças acessórias redutoras de caudal.

22. Verifique se os autoclismos são providos de dispositivos de dupla descarga que induzem poupança de água. (Poderá ainda colocar quando possível, uma ou duas garrafas de água com areia no interior, dentro do depósito do seu autoclismo. Isso significa poupar até 3 litros de água por descarga).

23. Se vai construir a sua casa e tem terreno disponível, tem a possibilidade de a equipar com mini estações de tratamento de água ou mini cisternas de armazenamento de águas pluviais, para posteriores utilizações em descargas não potáveis (como regas de jardim, autoclismos ou lavagem de automóveis).

24. No caso de vir a habitar um edifício de vários condóminos, verifique se no prédio existe espaço destinado a contentores adequados à separação de resíduos domésticos.

25. Dentro de sua própria casa opte sempre por um depósito de resíduos domésticos com pelo menos três divisões para estimular a separação destes resíduos.
Para terminar, se tiver oportunidade de reabilitar em vez de construir de novo, e se essa opção for economicamente viável, está desde logo a ter uma atitude mais sustentável. Reabilitar um edifício existente possibilita a diminuição dos impactes resultantes da energia associada à produção de um novo e da extracção das respectivas matérias-primas, para além de contrariar a tendência do crescimento urbano excessivo e a ocupação e impermeabilização de novas áreas de solo importantes para a conservação dos valores e equilíbrios naturais e para as várias actividades humanas!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Os sedutores ratos cantantes

Um grupo de investigadores da Universidade da Florida (EUA) demonstrou que uns ratos tropicais cantantes da família dos hamsters, conhecidos como Scotinomys teguina, cantam para conquistar as fêmeas.

Para estes roedores machos esta é a sua arma mais eficaz de sedução. Esta é uma das conclusões a que chegou este estudo recente publicado na revista “Animal Behavior”, em que foram estudados mais de 100 ratos capturados na Costa Rica. Os investigadores quiseram averiguar se os andrógenos, as hormonas sexuais masculinas, influenciam a qualidade do canto destes ratos. Os machos com mais hormonas cantaram com mais rapidez e utilizaram um reportório de frequências mais variado do que os machos castrados. O curioso é que as fêmeas detectaram essa diferença.

Segundo os peritos, é possível que os andrógenos influenciem na musculatura da mandíbula e no diafragma, afectando a rapidez do movimento da boca e da respiração. Bret Pasch, o investigador que liderou este estudo, afirma que nunca antes se tinha estudo o papel destas hormonas na modulação das canções. Os cientistas sugerem que é possível que o canto do macho actue como um indicador de qualidade genética para as fêmeas, de tal maneira que o macho cujo trinado é mais sonoro indica que poderá ser um bom pai. Um estudo da Universidade Rutgers demosntrou que as mulheres associam aos homens com melhor simetria corporal a uma estabilidade emocional. Chegando a esta conclusão depois de os observar a dançar.

Bret Pash explica que o que define um “excelente desempenho” é a “rapidez com que os machos repetem as notas mesmo mantendo uma ampla gama de frequências para cada nota.” Ele acrescenta que as fêmeas parecem "optar pelo macho que canta melhor." No entanto, o canto do Scotinomys teguina também tem limitações biomecânicas. Noutras palavras, quanto mais rápido é o trinado mais baixo será o campo de frequência de cada nota. Pash compara-o com o acto de aplaudir. Quanto mais lento se bate, mais alto parecerá cada aplauso porque tem-se mais tempo para separar as mãos gerando mais energia. Ao aplaudir mais rapidamente acontece o contrário.

Para concluir que as fêmeas preferem os machos cujo canto é mais sonoro, os peritos seleccionaram uma canção “normal” de um rato e manipularam electronicamente para introduzir mais notas por segundo. Assim criaram uma canção que, segundo a sua hipótese, atraiam mais as fêmeas que uma canção normal. Posteriormente isolaram uma fêmea de Scotinomys teguina a qual fizeram escutar as gravações através de um altifalante. Ficaram espantados ao ver como ela se aproximava ao altifalante e se sentava na sua frente, como se tratasse de um atraente “macho virtual”. A experiência, confirmou então o papel crucial das “serenatas” do macho na sedução das roedoras.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mercado de lugares vazios de automóveis é um sucesso

Drummond Gilbert, um antigo contabilista britânico de 29 anos, é o fundador deste mercado, disponível em goCarShare.com desde 2009. Actualmente, o mercado online para lugares vazios em automóveis está a trabalhar com vários festivais para transportar os seus visitantes de uma forma mais ecológica.


Há mais de 38 milhões de lugares vazios em automóveis todos os dias, só nas estradas do Reino Unido. Se os carros viajassem com todos os lugares ocupados seriam necessários menos automóveis o que teria como consequências imediatas a redução de custos de transporte, da poluição, do trânsito e logo do tempo de viagem.


“Gosto muito da ideia de consumo colaborativo, a ideia do que é meu é teu. A minha filosofia é que devemos tentar usar os nossos activos de forma mais eficiente,” refere Gilbert. “Tudo o que temos pode ser trocado, emprestado ou alugado. Não precisamos de ter tudo o que usamos.”

“Quando estava na escola a propriedade de objectos como CDs era muito importante mas agora, a maioria dos filmes e música estão em ficheiros digitais. Nos dias de hoje é valorizada a experiência em detrimento da propriedade. Quis transferir este sentimento para as viagens de carro.”

GoCarShare não é como uma boleia porque o portal funciona à volta do Facebook. Assim temos acesso aos anúncios de lugares disponíveis de amigos ou amigos de amigos. Leva apenas um minuto a ter acesso a um anúncio quando nos conectamos.

O portal tem 5000 utilizadores registados. Recentemente foi estabelecida uma parceria com o Festival de Literatura de Hay assim como outros festivais de música para reduzir o número de viagens de carro para os locais dos eventos.

Esta companhia faz parte do movimento de consumo colaborativo (collaborativeconsumption.com) de onde estão a surgir vários negócios à volta desta ideia.

Fonte: telegraph

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Rapaz de 13 anos é o responsável por uma iniciativa juvenil mundial de combate às Alterações Climáticas

Felix Finkbeiner iniciou o Movimento “Plant for the Planet” há quatro anos com o objectivo de plantar 1 milhão de árvores no seu país natal, a Alemanha, como forma de contrariar as Alterações Climáticas. A iniciativa expandiu-se, estando actualmente activa em 131 países.


Uma criança alemã está na origem de um iniciativa civil juvenil de luta contra as Alterações Climáticas que começou no seu país natal, a Alemanha, e que tem hoje uma dimensão mundial.

O movimento “Plante pelo Planeta” - “Plant for the Planet” - foi criado há quatro anos com o objectivo de conseguir a plantação um milhão de árvores como forma de lutar contra as alterações Climáticas naquele país europeu. A ideia surgiu no seguimento de um trabalho escolar que consistia em dar uma palestra.

Inspirado pelo que leu na internet sobe a iniciativa de Wangari Maathai, responsável pelo aparecimento do Green Belt Movement que teve como objectivo o combate à erosão do solo e o encorajamento da emancipação social feminina no Quénia, Félix preparou um discurso sobre como as crianças devem contribuir para a luta contra as Alterações Climáticas, e como isto é possível através da plantação de árvores.

Félix defende “ Nós as crianças compreendemos que não podemos confiar apenas nos adultos para salvar o nosso futuro. Temos nós de tomar as rédeas do nosso futuro”. E o jovem acrescenta “Para a maioria dos adultos o futuro parecem ser os próximos 20, 30 ou mesmo 40 anos. Mas para nós, as crianças, 2100 pode ainda fazer parte da nossa vida. Para os adultos a subida de 3cm dos níveis do mar é uma questão académica. Mas para nós, as crianças, é uma questão de sobrevivência”.

O seu discurso foi de tal modo convincente que o jovem activista foi convidado a proferi-lo para audiências cada vez mais influentes, tendo conseguido que lhe fossem atribuídas doações no valor de 11 000 euros no encontro anual de vendedores de automóveis Toyota.

O movimento tornou-se rapidamente um iniciativa à escala nacional, impelido pela fluência de Félix que o levou à Conferência das Crianças da ONU de 2008, onde foi eleito para a direcção da direcção juvenil do Programa de Ambiente das Nações Unidas (UNEP), ao Parlamento Europeu, à Conferência da UNEP na Coreia e ainda à Conferência do Clima de Cancún.

O convite dirigido por Félix à comunidade internacional para que se juntasse a ele foi amplamente aceite e o Movimento “Plant for the Planet” está hoje presente em 131 países, tendo na Alemanha atingido já o objectivo da plantação de 1 milhão de árvores.

Por outro lado, o empreendedorismo ambiental de Felix fez com que fosse considerado por um jornal um dos activistas ambientais mais importantes, ao nível de Brad Pitt e do Príncipe de Gales.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

18-04-2011 Virgílio Pestana: “A agricultura biológica permite a renovação dos recursos naturais do Planeta”

Todos os sábados, Virgílio Pestana traz, ao Mercado Biológico de Cascais, doces, patés, frutas e produtos hortícolas fresquinhos. Convicto de que a Agricultura Biológica é a solução para renovar os recursos naturais respeitando o ambiente, o Sr. Virgílio conta porquê apostou em produtos cem por cento naturais, e o que o motivou a trazê-los para o nosso Concelho.


Que tipo de produtos comercializa no Mercado Biológico de Cascais?

No Mercado Biológico de Cascais comercializo produtos hortícolas, frutas e produtos transformados, tais como doces, compotas, patés, pão, broas doces e ervas aromáticas, entre outros.

Que balanço faz da procura destes produtos por parte dos Munícipes?

Ao longo do tempo venho registando um número significativo de clientes fidelizados no consumo destes produtos e verifico, com agrado, um crescente interesse por parte de outros, que entretanto se vão apercebendo da sua qualidade e das suas vantagens em termos ambientais.

O que o motivou a apostar na comercialização de produtos biológicos?

Sou produtor certificado destes produtos desde 1994 e acredito totalmente que a agricultura biológica é o processo que permite a renovação dos recursos naturais do Planeta, e também aquele que produz alimentos de qualidade, isto é, mais saudáveis e nutritivos e em quantidade sufi ciente para a alimentação humana.

Porque quis trazer os seus produtos também para Cascais?

Porque acredito que existe no Município um conjunto significativo de pessoas com informação sufi ciente para preferirem o seu consumo. Por outro lado, entendo que a aproximação do produtor ao consumidor cria laços de confiança relativamente à qualidade do produto, da época do seu consumo e da redução da pegada ecológica.

O que acha da iniciativa da Câmara Municipal de Cascais de disponibilizar este mercado aos Munícipes?

Acho que esta iniciativa demonstra bem a preocupação da Autarquia com a preservação ambiental, revelando um especial cuidado em oferecer aos Munícipes produtos com verdadeira qualidade, o que para nós, produtores em modo de produção biológico, muito apreciamos.

Horário do Mercado Biológico de Cascais: todos os sábados, entre as 10h e as 18h, no Parque Marechal Carmona.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Desenvolvido plástico resistente a partir de resíduos de penas de galinha

No 241º encontro da American Chemical Society várias instituições apresentaram estudos em possíveis novas fontes de bioplástico 'amigo do ambiente'. Os resíduos de penas de galinha foram apresentados como um possível recurso para o fabrico destes plásticos.

Antes deste estudo, já tinham sido realizadas tentativas de produzir plásticos a partir de resíduos de penas de galinha mas todas se revelaram infrutíferas. Agora, os cientistas alegam que os resultados desta investigação foram promissores.

As penas são principalmente compostos por queratina, a mesma proteína que é encontrada nos cascos de animais, chifres e nas nossas unhas e cabelos. Os filmes termoplásticos feitos a partir de queratina apresentam excelentes propriedades mecânicas, incluindo uma maior força e resistência ao rasgo que os plásticos feitos de outras fontes biológicas, como amido modificado ou proteínas de plantas.

Yiqi Yang, do Instituto de Agricultura e Recursos Naturais da Universidade de Nebraska-Lincoln, explicou que as penas de galinha são ideais para usar em bioplásticos porque existem em abundância e apresentam baixo custo. Só os Estados Unidos geram mais de 1.36 mil milhões de quilos de penas anualmente, em que a maioria é encaminhada para os resíduos indiferenciados sem qualquer tipo de aproveitamento.

Contudo os bioplásticos anteriormente produzidos a partir de resíduos de penas apresentaram baixa impermeabilidade. Para resolver este problema, Yang adicionou às penas químicos como acrilato de metilo que liga as moléculas do plástico em cadeias longas. O resultado foi um plástico resistente e impermeável que pode ser derretido e reutilizado como outros termoplásticos.

Fonte: http://www.gizmag.com/

Um protector de ecrã permite carregar telemóveis com luz solar

Seis horas de sol são o suficiente para que o protector de ecrã WYSIPS gere energia suficiente para carregar a bateria de um telemóvel.

Este protótipo, cuja saída para o mercado está prevista para 2012, gera energia graças à sua superfície fotovoltaica. Esta tecnologia consiste basicamente em alternar na película franjas de células solares sobrepostas com uma superfície lenticular (um sistema semelhante ao dos ecrãs 3D que não precisam de óculos).
O WYSIPS (What You See Is Photovoltaic Surface, ou “o que se vê é uma superfície fotovoltaica”), pode sobrepor-se em qualquer superfície sem tapar o que está por baixo, de maneira que o material actua na absorção de energia solar sem cobrir o objecto que envolve.
O site especializado, o Engadget testou o protótipo e no momento do teste este gerou cerca de 1,2 a 2,5 volts. O dispositivo é capaz de carregar uma bateria e também pode ser utilizado para ir carregando a bateria lentamente à medida que esta é consumida. Segundo informam os responsáveis por este material, a energia produzida por 2.000 milhões de telemóveis é equivalente ao que produz uma central nuclear inteira.

Fonte: http://www.elmundo.es/

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A Sociedade Portuguesa de Botânica lança Curso de Botânica

O Curso de Botânica - Morfologia e Identificação, organizado pela Sociedade Portuguesa de Botânica, decorrerá entre os dias 25 e 30 de Abril no Parque de Natureza de Noudar e pretende ser um curso inteiramente prático, com aulas de identificação à lupa e no campo.

A Sociedade Portuguesa de Botânica é uma associação que foi criada em Janeiro de 2009 e que com os seguintes objectivos e que para além de promover a conservação de espécies da flora e dos seus habitats, a troca de informação e experiência entre botânicos, profissionais e amadores, independentemente da sua formação, o conhecimento técnico e científico da botânica, da flora e da vegetação, em particular das presentes no território nacional, promove também acções de sensibilização para as questões relativas à flora e vegetação portuguesa, nas componentes de biodiversidade, conservação, ecologia, habitats, entre outros.

Difundir o gosto pela botânica, flora e vegetação, é um outro objectivo da SPB e dentro deste âmbito, a sociedade está a organizar o Curso de Botânica - Morfologia e Identificação, que vai decorrer durante uma semana, entre os dias 25 e 30 de Abril em Barrancos, no Parque de Natureza de Noudar.

Este curso tem como principais objectivos fornecer conhecimentos científicos práticos que permitam a identificação de plantas à lupa e no campo, adquirir as bases teóricas para a compreensão das estruturas morfológicas das plantas, desenvolver a prática na observação de material vegetal com recurso a instrumentos de observação e desenvolver a prática na utilização de chaves de identificação, uso de Floras e nomenclatura botânica.

Para quem quiser ter uma semana dedicada à Natureza, este curso oferece os conhecimentos e o gosto essencial da botânica. As inscrições estão já abertas até ao dia 1 de Abril.

Para mais informações sobre os detalhes do programa do curso, alojamento e outras condições podem consultar www.spbotanica.pt.

Leituras adicionais:
Curso de Botânica – Morfologia e Identificação
Criada a Sociedade Portuguesa de Botânica

Recuperação das áreas ardidas do Parque Natural Sintra-Cascais

Já começou a recuperação das áreas ardidas relativas ao Parque Natural Sintra-Cascais, estando a ser realizadas acções de limpeza e cortes de árvores mortas.



Já começou a ser implementado o plano de recuperação das áreas ardidas recentemente no Parque Natural Sintra-Cascais (PNSC), no entanto, tratar-se-á de um processo lento que poderá levar um a dois anos, dependendo da natureza e da capacidade de regeneração natural. Em primeiro lugar vão realizar-se acções de limpeza e corte de árvores sem recuperação, sendo o trabalho no terreno efectuado por diversos grupos, pelos quais serão distribuídos os trabalhos de vigilância e de apoio aos proprietários, nomeadamente quanto ao corte da vegetação.

Estas acções serão realizadas pelo PNSC e outras entidades, como a Câmara Municipal de Cascais, juntas de freguesia, associações cívicas e proprietários.

Até ao momento não houve possibilidade de falar com todos os proprietários, mas os responsáveis do parque estão disponíveis para receber reclamações, porque é importante a garantia de limpeza que o Parque Natural vai apoiar. Ainda não se podem precisar os custos totais deste plano de recuperação.