As amostras recolhidas até 5000m de profundidade serão usadas num estudo que pretende avaliar a velocidade de acidificação do oceano Árctico devido ao aumento da concentração atmosférica de CO2 e determinar os efeitos na fauna e flora da região.
Depois do insucesso do ano passado os cientistas da Catlin Arctic Survey empreenderam nova expedição ao Pólo Norte para recolher amostras de água tendo desta vez sido bem-sucedidos.
Os investigadores partiram no início de Março e percorreram mais de 775 km sobre o gelo marinho ao largo da Gronelândia até chegarem ao Pólo Norte geográfico. Aí perfuraram a massa gelada para obter amostras de água até 5000m de profundidade.
O objectivo é estudar a velocidade de acidificação do oceano Árctico devido ao aumento da concentração atmosférica de CO2 e determinar os seus efeitos na fauna e flora da região.
Segundo explicou Rim Cullingford, que participou na expedição “Como é a primeira vez que se recolhem amostras, estes dados serão usados como linha-de-base para estudos posteriores, fornecendo as primeiras pistas sobre o impacto da absorção do dióxido de carbono [no Árctico]”.
Actualmente assiste-se a um fenómeno global de acidificação dos oceanos, com o oceano Árctico a registar alterações mais rápidas do que os restantes como consequência da absorção de CO2 ser mais intensa em águas com temperaturas mais baixas.
Para além da água foram também recolhidas amostras de plâncton e de gelo cuja espessura foi também alvo de medição. Em conjunto com os resultados de outra expedição ao norte do Canadá que decorreu em simultâneo obtiveram-se 2200 amostras que serão analisadas em laboratório. Os cientistas esperam apresentar os resultados até ao fim do ano.
Fonte: www.guardian.co.uk
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