terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Natal Ambiental – recomendações para um Natal mais sustentável
Para o ajudar a contribuir para um Natal ambientalmente sustentável, apresentamos-lhe alguns conselhos simples que permitirão usufruir de um Natal ambientalmente mais correcto e economicamente mais são.

Nos últimos anos a época do Natal tem-se tornado na época do consumo por excelência. Mais do que em qualquer outro período do ano, somos estimulados, influenciados, instigados, empurrados a comprar, comprar, comprar… Este consumo imediato e pouco reflectido provoca impactos ambientais graves, mas, pode também estar na origem de problemas económicos (endividamento excessivo).
Para o ajudar a contribuir para um Natal ambiental, aqui ficam alguns conselhos simples que pode levar em conta.


Antes do Natal

- Pense bem sobre as prendas que vai oferecer e a quem; não ofereça só por oferecer e opte por produtos úteis: é importante privilegiar a oferta de prendas que não sejam colocadas imediatamente na prateleira ou em qualquer baú esquecido no sótão; pense bem antes de comprar uma prenda, procure aconselhar-se com as pessoas que estão próximas da pessoa a quem a quer oferecer;
- Compre produtos duráveis e reparáveis: hoje em dia um dos principais problemas de muitos dos produtos que consumimos prende-se com a sua ideia de base de usar e deitar fora;
- Adquira produtos educativos: sempre que possível, principalmente se estivermos a falar de prendas para os mais pequenos, procure oferecer produtos que estimulem a inteligência, a criatividade, o respeito entre os povos e pelo ambiente;
- Se oferecer aos seus filhos brinquedos electrónicos adquira primeiro um recarregador de pilhas para que possam funcionar com pilhas recarregáveis que se tornam mais baratas do que as descartáveis e são mais amigas do ambiente;
- Procure produtos que não integrem na sua composição elementos perigosos;
- Escolha produtos menos complexos, que possuam menos materiais misturados pois estes são, habitualmente, mais fáceis de reciclar e reparar;
- Resista à publicidade enganosa que nos bombardeia diariamente com produtos e funções dos quais não temos qualquer necessidade, nem nunca vamos usar. O equipamento informático e especialmente os telemóveis são talvez os que melhor se enquadram nesta categoria de produtos. Mais importante do que pensar no modelo é pensar no uso que iremos dar a cada uma das funções tão publicitadas. E não se esqueça que muitos dos novos serviços surgem agora gratuitos, mas rapidamente passam a assumir preços proibitivos para as carteiras de muitos portugueses;
- Gaste apenas na medida das suas possibilidades: resista ao ataque cerrado das campanhas de crédito em que só começa a pagar mais tarde; nunca se esqueça é que mais cedo ou mais tarde vai ter mesmo que arranjar dinheiro para pagar. Respeitar os seus limites de endividamento irá permitir-lhe ser mais criterioso nas suas escolhas e, logo, mais sustentável;
- Envie cartões de Natal por correio electrónico; é mais barato, não consome papel e não faz lixo. Se isso não for possível, seja mais criterioso no envio dos cartões e utilize sempre papel reciclado e envelopes reutilizados.
- Reutilize papéis de embrulho de anos anteriores ou pequenas caixas de outros produtos para acondicionar as prendas; aumenta a surpresa, diminui as despesas e o impacte ambiental das suas compras. Sempre que tal não for possível, adquira papel reciclado para fazer os seus embrulhos;
- Utilize os transportes públicos nas suas deslocações às compras, ou então, junte-se com amigos ou familiares num mesmo veículo e vão às compras conjuntamente, fica mais barato e sempre pode dispor de outras opiniões quando estiver indeciso;
- Adquira produtos nacionais, pois não só a qualidade não varia como o impacte ambiental associado ao transporte dos produtos será menor;
- Para a ceia de Natal comece a habituar-se a substituir o bacalhau por outra iguaria; se não consegue mesmo resistir, adquira bacalhau de média/grande dimensão; faça o mesmo em relação ao polvo (deverá ter sempre mais de 800/900 gr.). Se as dimensões mínimas fossem respeitadas não teríamos os problemas que hoje temos com a quase extinção do bacalhau;
- Consuma bebidas em embalagens reutilizáveis (com tara retornável). Não originam resíduos e ainda por cima são mais baratas;
- Não use na sua festa de Natal pratos ou copos descartáveis (em plástico ou cartão) nem guardanapos ou toalhas de papel. Não são agradáveis e dão origem a muito lixo;
- Tenha atenção à própria embalagem do produto; ainda que seja necessária, pode assumir um grande peso no preço final, pelo que evite ao máximo o excesso de embalagem e privilegie embalagens menos complexas (que misturem menos materiais - papel, plástico, metal) porque serão mais facilmente recicláveis;
- Adquira uma árvore de Natal sintética ou então recorra apenas a árvores vendidas com autorização (bombeiros, serviços municipais), como garantia da sustentabilidade do corte. Neste último caso, Informe-se na sua Câmara Municipal sobre a recolha das árvores após o Natal. Não vá em modas e tenha cuidado na aquisição dos enfeites de Natal para que os possa reutilizar por muitos e longos anos.


Após o Natal

- Guarde os laços e o papel de embrulho para que os possa utilizar noutras ocasiões;
- Separe todas as embalagens - papel/cartão; plástico; metal – e coloque-as no ecoponto mais próximo, evitando assim os amontoados de lixo que marcam o dia de Natal; é aqui que poderá verificar se foi um cidadão ambientalmente consciente nas suas compras;
- Reflicta ao longo do ano sobre a utilidade que foi dada às prendas que ofereceu e aprenda com os seus erros;

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Aquecimento Global

O oceano e os seus habitantes vão ser afectados irreversivelmente pelos impactos do aquecimento global e pelas alterações climáticas. Os cientistas dizem que o aquecimento global, através da subida da temperatura da água do mar, vai elevar os níveis da água e alterar as correntes oceânicas.

Correntes Oceânicas

A água nos oceanos do nosso planeta encontra-se sempre em movimento – arrastada pelas marés, soprada pelas ondas, e movendo-se lentamente em volta do planeta pelas forças do Cinturão Termohalino Mundial (também conhecido como circulação termohalina). O Cinturão é alimentado pelas diferenças de temperatura e de salinidade das águas, e um dos seus componentes mais conhecidos, a Corrente do Golfo, transmite à Europa o seu clima relativamente moderado.Para além de manter o clima moderado da Europa e de desempenhar um papel importante no clima do planeta, o Cinturão fornece uma corrente ascendente aos nutrientes do fundo do oceano, e aumenta a absorção oceânica do dióxido de carbono.
O que pode correr terrivelmente mal

De forma preocupante, estudos recentes comunicam que já podem existir provas de uma circulação mais lenta do Cinturão, ao largo da crista oceânica profunda situada entre a Escócia e a Gronelândia. E embora o Cinturão pareça ter funcionado de modo razoavelmente previsível ao longo dos últimos milhares de anos, uma análise aos núcleos de gelo tanto na Gronelândia como na Antárctida indica que nem sempre foi o caso. Num passado mais distante, alterações à circulação do Cinturão encontram-se associadas a alterações climáticas bruscas.Resumindo, a diluição da salinidade do oceano – resultante do degelo do Árctico (e do lençol de gelo da Gronelândia) e/ou do aumento de precipitação – pode desactivar, atrasar ou desviar o Cinturão. Este arrefecimento dramático significaria uma enorme perturbação para a agricultura e para o clima europeus, e teria impacto em outras correntes e temperaturas nos mares de todo o planeta.

Subida do Nível das Águas do Mar
É esperada uma subida média global do nível das águas do mar entre 9 e 88 cm (3,5–34,6 polegadas) ao longo dos próximos cem anos, devido aos gases de estufa que emitimos até agora e às prováveis emissões futuras. O fenómeno acontecerá aproximadamente na mesma proporção devido ao degelo e devido à expansão térmica dos oceanos (a água expande-se à medida que aquece).Mesmo esta projecção comparativamente modesta da subida do nível das águas do mar vai provocar destruição. Inundações costeiras e danos provocados por tempestades, linhas costeiras em erosão, contaminação das reservas de água potável por água salgada nas áreas agrícolas, inundação de zonas húmidas costeiras e das ilhas barreira e um aumento na salinidade nos estuários, todas serão realidades de uma subida do nível das águas do mar, mesmo que pequena. Algumas cidades e vilas costeiras em cotas baixas também serão afectadas. Os recursos essenciais para as populações insulares e costeiras, como as praias, a água potável, as pescas, os recifes de coral e atóis e os habitats da vida selvagem também se encontram em risco.

O lençol de gelo da Antárctida Ocidental

Há apenas quatro anos era consensualmente aceite que o lençol de gelo da Antárctida Ocidental era estável, mas um degelo inesperado na região está a fazer com os cientistas reavaliem essa hipótese. Em 2002, a Larson B, uma plataforma de gelo de 500 mil milhões de toneladas que cobria uma área com o dobro da área da cidade de Londres, desintegrou-se em menos de um mês. Este facto não fez aumentar o nível do mar directamente, dado que o banco de gelo já se encontrava a flutuar, mas foi um alerta dramático para os efeitos do aquecimento verificado na área.Depois disso, em 2005, o Programa Antárctico Britânico divulgou a descoberta de que 87 por cento dos glaciares na Península Antárctida tinham regredido ao longo dos últimos 50 anos. Nos últimos cinco anos, os glaciares em regressão perderam uma média de 50 metros (164 pés) por ano.Potencialmente, o lençol de gelo da Antárctida Ocidental pode contribuir com uns seis metros (20 pés) adicionais de subida do nível da água do mar. Embora as hipóteses de isso acontecer serem consideradas baixas no terceiro relatório de avaliação do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, pesquisas recentes apresentam novas provas de importantes desagregações do lençol de gelo.A totalidade do lençol de gelo da Antárctida contém água suficiente para elevar os níveis do mar em todo o mundo em 62 metros (203 pés).

Os glaciares da Gronelândia

Em Julho de 2005, cientistas a bordo do navio da Greenpeace “Arctic Sunrise” fizeram uma descoberta impressionante – provas que os glaciares da Gronelândia estão a derreter a um ritmo sem precedentes. Tratava-se apenas de mais uma prova de que as alterações climáticas já não são apenas uma perspectiva, elas já estão a chegar à nossa porta, e isto não é só uma força de expressão para quem vive em regiões costeiras.Os dados indicam que o glaciar Kangerdlugssuaq, na costa oriental da Gronelândia, é provavelmente um dos glaciares mais rápidos do mundo, com uma velocidade de quase 14 quilómetros por ano. As medições foram feitas usando aparelhos de GPS de elevada precisão. No entanto, o glacial regrediu inesperadamente em cerca de cinco quilómetros desde 2001, após ter mantido uma situação estável ao longo dos 40 anos anteriores.

O grande lençol de gelo da Gronelândia encerra mais de seis por cento do volume total de água doce do mundo, e está a derreter muito mais rapidamente do que o esperado. Se toda a Gronelândia se derretesse, provocaria o aumento do nível da água do mar em quase vinte pés (seis metros). Os aumentos do nível da água do mar da ordem dos quatro a cinco pés (1,2 a 1,5 metros), podem significar que locais como Nova York, Amsterdão, Veneza ou Bangladesh vejam inundadas as suas zonas mais baixas.A alarmante regressão do glacial Kangerdlugssuaq sugere que todo o lençol de gelo da Gronelândia esteja a derreter de modo muito mais rápido do que se acreditava anteriormente. Todas as previsões científicas para o aquecimento global partiram do princípio de ritmos mais lentos de degelo. Este novo indício sugere que a ameaça do aquecimento global é muito maior e mais urgente do que se acreditava anteriormente.

Destruição de Habitats

O aumento da temperatura está a influenciar toda a cadeia alimentar marinha. O fitoplâncton, por exemplo, que alimenta pequenos crustáceos incluindo o krill, cresce sob o gelo do mar. Uma redução no gelo do mar implica uma diminuição de krill – que, por sua vez, alimenta muitas espécies de baleias, incluindo as de grandes dimensões.As baleias e os golfinhos encalham com altas temperaturas.

As grandes baleias também correm o risco de perder as áreas de alimentação, devido ao degelo e ao colapso dos bancos de gelo, no Oceano Sul em volta da Antárctida,.Espécies inteiras de animais marinhos e peixe encontram-se directamente em risco, devido ao aumento da temperatura – simplesmente não conseguem sobreviver em águas mais quentes. Algumas populações de pinguins, por exemplo, diminuíram em 33 por cento em certas regiões da Antárctida, devido à deterioração do seu habitat.A ocorrência crescente de doenças em animais marinhos está também relacionada ao aumento da temperatura dos oceanos.

Feliz Natal e continuem a proteger o nosso planeta

Cliquem neste link e vejam a mensagem. Preservem os fundos oceâncios

http://www.greenpeace.org/portugal/participa/onde-esta-o-pai-natal

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ficha do Sapo-parteiro-ibérico

Limitado ao Sudoeste da Península Ibérica, o sapo-parteiro-ibérico é um endemismo peculiar: os machos transportam os ovos às costas e embora esta espécie tenha posturas pequenas, asseguram a sobrevivência da maioria dos seus descendentes.

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS

O sapo-parteiro-ibérico (Alytes cisternasii) é um anuro (anfíbio sem cauda) de pequenas dimensões, geralmente com menos de 4,5 cm de comprimento. Os olhos são proeminentes e laterais com pupila vertical e a íris é dourada com retículos negros. As glândulas paratóides - 2 glândulas ovóides situadas na parte posterior da cabeça - são pouco visíveis. Possuem dois tubérculos (calosidades) palmares nas patas dianteiras, característica que os distingue da outra espécie de sapo parteiro existente em Portugal. Tem membros curtos com 5 dedos nas patas posteriores e 4 nas anteriores. Nas costas a pele é ligeiramente verrugosa e tem cor parda com manchas mais escuras (castanhas, cinzentas ou esverdeadas). Apresentam pequenas verrugas alaranjadas na cabeça, dorso e membros. Ventralmente são muito claros.

O dimorfismo sexual não é muito acentuado mas em média, as fêmeas são maiores que os machos. Na altura da reprodução é possível ver à transparência os ovos no ventre das fêmeas.

Os girinos podem atingir 7 cm de comprimento total. Ao eclodirem medem cerca de 1 cm. Têm olhos pequenos e íris dourada pigmentada de preto. A membrana caudal apresenta pequenas manchas escuras e esbranquiçadas
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Distribuição

É uma espécie que só existe no quadrante sudoeste da Península Ibérica. Em Portugal existe sobretudo a sul do rio Tejo.

ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO

Faz parte do Anexo II da Convenção de Berna. Em Portugal é considerada uma espécie não ameaçada (NT).

FACTORES DE AMEAÇA

Os principais factores de ameaça para este sapo são a destruição ou alteração das zonas húmidas e o acelerado desaparecimento do bosque mediterrânico.

HABITAT

Encontra-se geralmente em zonas de baixa e média altitude, sobretudo em solos arenosos. Prefere zonas abertas ou zonas com vegetação pouco densa como pinhais e montados.

ALIMENTAÇÃO

São predadores generalistas. Alimentam-se de uma grande variedade de invertebrados: insectos (principalmente formigas e escaravelhos), aracnídeos, miriápodes, gastrópodes e oligoquetas. Os girinos alimentam-se de vegetais e de invertebrados aquáticos.

INIMIGOS NATURAIS

São predados por cobras de água e rapinas nocturnas (mochos e corujas). Para atrair maior número de presas desta espécie, o mocho-de-orelhas (Otus scops) imita o chamamento dos machos.

REPRODUÇÃO

A época de reprodução começa com as chuvas do Outono. O macho atrai a fêmea através de um chamamento semelhante a um conjunto de assobios e abraça-a pelas costas (amplexo). Muitas vezes o macho continua a cantar durante o amplexo. Depois da fecundação, que tem lugar em terra, o macho enrola os cordões de ovos nas suas pernas, transportando-os durante todo o período de incubação que dura entre 20 e 28 dias. O mesmo macho pode transportar posturas de três fêmeas. Na altura da eclosão os machos dirigem-se a charcos ou ribeiras para os girinos saírem dos ovos.


ACTIVIDADE

São geralmente nocturnos, embora se possam observar indivíduos a cantar durante o dia depois de uma tempestade ou durante o crepúsculo. Têm hábitos escavadores, enterrando-se com frequência. Suportam longos períodos de seca graças à sua elevada capacidade de absorver água através da pele, no entanto, em zonas muito quentes estivam.

CURIOSIDADES

Os machos do género Alytes transportam os ovos às costas e, embora as suas posturas contenham muito menos ovos do que as posturas da maioria dos anfíbios, asseguram a sobrevivência da maior parte dos seus descendentes.

LOCAIS FAVORÁVEIS DE OBSERVAÇÃO

O canto dos machos pode ouvir-se de forma mais ou menos contínua desde Outubro a Abril, sobretudo ao entardecer e início da noite. Podem observar-se durante a noite em caminhos, estradas ou perto de corpos de água. As observações são mais frequentes após ter chovido ou em dias em que o ar se encontre muito húmido. Os girinos podem observar-se em troços de ribeiros ou em charcos.

sábado, 28 de novembro de 2009

A poluição sonora é uma forma de agressão ambiental que é frequentemente negligenciada até níveis muito prejudiciais. Reduzindo a nossa qualidade de vida e afectando os ecossistemas, os décibeis em excesso são um inimigo invisível.

Existem formas de poluição tão distintas como a poluição atmosférica, das águas, dos solos, a poluição genética, luminosa e sonora. Em comum a todas elas, há uma interferência, de origem antropogénica com efeitos negativos no meio e nos seres vivos.As primeiras três caracterizam-se pela contaminação dos respectivos meios com substâncias prejudiciais à vida. São por isso quantificáveis na razão da quantidade dessas substâncias presentes no meio. A poluição genética, decorre por exemplo do cruzamento de espécies domesticadas com espécies selvagens que lhe são próximas (é o caso da hibridação do gato-bravo com o gato doméstico). Neste processo pode perder-se um património genético irrecuperável. Também aqui é actualmente possível quantificar o grau de contaminação.A poluição sonora, tal como a luminosa e ao contrário das anteriores, não deixa resíduos, existindo apenas no momento em que está a ser produzida. Por este facto, são formas de poluição tendencialmente consideradas menos perigosas. No entanto, sabe-se que a exposição repetida a estas formas de agressão pode produzir efeitos crónicos e irreversíveis.


Os efeitos da poluição sonora são de resto ainda pouco estudados, porque é difícil estudar uma forma de agressão que só se manifesta como resultado de uma exposição prolongada e que por isso sofre a interferência de um elevado número de variáveis difíceis ou impossíveis de controlar.Na natureza, e no que toca a espécies selvagens, esta dificuldade é ainda maior porque, em regra, às perturbações sonoras estão invariavelmente associadas outras formas de perturbação. Vejamos este exemplo: quando se verifica que uma pedreira causa impactos negativos nas espécies que habitam nas imediações, é extremamente difícil quantificar qual a importância do ruído dos rebentamentos com dinamite face a todos os outros factores, como as poeiras ou o tráfego de máquinas e camionetas.

O potencial prejuízo causado por um som é independente de este agradar ou incomodar, quem o ouve. Inclusivamente, um ruído inicialmente incómodo pode, por habituação, passar a ser tolerado. Também se verifica que a tolerância para sons semelhantes é muito variável, sendo frequente uma pessoa sentir-se incomodada com o ruído de veículos automóveis numa estrada e sentir-se repousada com um ruído de intensidade semelhante produzido pelo mar ou por uma cascata.A própria definição de ruído é extremamente ambígua. Aquilo que pode ser música para alguns pode ser ruído para outros, ou mesmo aquilo que em algumas circunstâncias pode ser um som agradável, pode noutras tornar-se quase insuportável.Pelo contrário, o som pode definir-se objectivamente como ondas de pressão que se propagam através de um gás, como o ar, de um liquido, como a água, ou até de um sólido. De uma forma geral, o ouvido humano consegue detectar sons entre os 20 e os 20 000Hz. O Hertz é a unidade de frequência, que corresponde a um ciclo por segundo. Convencionou-se chamar aos sons abaixo da capacidade de detecção pelos humanos infra-sons e aos acima desse limiar ultra-sons.

A unidade de medida da intensidade do som é o Decibel (dB). Esta é uma escala logarítmica, em que se considera a unidade (1 dB) como o valor correspondente ao som mais baixo que o ouvido humano consegue detectar. Por esse facto, 10 dB correspondem a um som 10 vezes mais intenso que 1 dB, 20 dB 100 vezes mais intenso, 30 dB 1000 vezes e assim sucessivamente.Assim, o som produzido por uma aragem nas folhas de uma árvore poderá rondar os 10 dB; já o trafego em hora de ponta poderá atingir os 90 dB e igual valor o estrondo das cataratas de Niagara. Um martelo pneumático atinge os 100 dB e um avião a baixa altitude após a descolagem os 130 dB. Se atendermos a estes valores, e sabendo que o ouvido pode sofrer lesões a partir dos 85 dB, verificamos que qualquer habitante de uma grande metrópole está diariamente exposto a agressões múltiplas de consequências provavelmente irreversíveis. O efeito maligno do ruído não decorre apenas da sua intensidade, mas também da sua duração. Portanto, um trabalhador sujeito a um ruído de 75 dB é aconselhado, mesmo usando protecções, a não ultrapassar as 8 horas de exposição diárias. Atendendo à natureza da escala, se o ruído for de 78 dB o número de horas deve ser reduzido para metade. No limite, verifica-se que apenas quatro minutos de exposição a um som de 110 dB, um valor frequente em discotecas, pode causar danos definitivos na audição.Infelizmente, nos humanos as consequências da poluição sonora não se ficam pela perca de audição.

Ironicamente, enquanto não se perde, parte ou a totalidade desta, pode-se ficar sujeito a um role interminável de consequências ainda mais graves. A poluição sonora contribui para o agravamento da hipertensão, da taquicárdia e arritmia, e também para desequilíbrios dos níveis de colesterol e hormonais. É também um factor de stress, e por isso pode ser responsável por distúrbios do sono, dificuldade de concentração, perda de memória, outras perturbações psíquicas e até tendências suicidas.As consequências do ruído nos animais silvestres são em muito semelhantes às sofridas pelos humanos, e ainda piores em alguns casos. Muitos animais dependem directamente da audição para comunicar e para caçar, ou para evitar ser caçados. A diminuição destas capacidades acaba frequentemente por se fazer sentir ao nível da produtividade e de um elevado número de parâmetros fisiológicos. Os animais silvestres evitam zonas de grande poluição sonora como as grandes metrópoles.

Certamente que o ruído não é a única razão por que o fazem, mas é natural que tenha um peso considerável, com efeito sabe-se que os animais silvestres evitam o ruído por si só, vendendo-se inclusivamente no mercado máquinas para o produzir com a finalidade de espantar aves dos campos agrícolas. Em todo o caso, quando da utilização repetida destes mecanismos, como sucede por exemplo em alguns aeroportos, as aves acabam por se habituar e passam a ignorar o ruído. Mesmo assim, obviamente que pelo simples facto de os animais se habituarem ao ruído não podemos concluir que este não lhes é prejudicial.Actualmente a poluição sonora não se restringe sequer às zonas habitadas, chega efectivamente a quase todo o lado. Desde as imensidões geladas dos pólos, até às selvas mais remotas, as actividades humanas e consequentes ruídos fazem-se sentir, nem que seja através do número crescente de aviões que cruzam os céus.Ao nível dos oceanos, o problema parece ser ainda mais grave.

Por um lado, e pelo facto dos mares e oceanos não serem habitados por humanos, não se investe quase nada na redução do ruído produzido nesse meio. Por outro lado, a propagação do som na água faz-se não só mais rapidamente, como até maior distância do que no ar.Os oceanos albergam ainda animais, com características particulares associadas ao som, como os cetáceos (baleias, golfinhos) que estão dotados de sonar, e que dependem deste sistema de eco-localização para se alimentar e se orientar. Pensa-se que interferências neste apurado sentido possam estar na origem da colisão de cetáceos com redes de pesca, ou dos cada vez mais frequentes erros de navegação que os levam a encalhar em praias e baixios.

A poluição sonora está efectivamente na origem de um enorme número de problemas para todos aqueles que de uma forma ou de outra beneficiam do maravilhoso sentido da audição. O primeiro passo na procura de uma solução para esta questão passa pela tomada de consciência de que este é um problema em que somos a causa, uma das vítimas, e a única solução.

Ficha de espécies: Coruja-do-nabal

A Coruja-do-nabal é uma ave de rapina nocturna, rara no nosso país, pois só aparece entre nós fora da época reprodutora. Pouco se sabe da situação nacional desta espécie, apesar das populações europeias se encontrarem em declínio.


IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS

A Coruja-do-nabal (Asio flammeus) está incluída na ordem Strigiformes, família Strigidae. É uma ave de rapina nocturna de tamanho médio, com cerca de 40 cm de comprimento e pesa entre 250 e 400 g. Quando se observa poisada (muita vezes no chão ou sobre um arbusto baixo) é fácil de reconhecer pela sua postura algo horizontal. Tem umas “orelhas” (tufos de penas) muito curtas, quase invisíveis. A plumagem é de tons acastanhados, fortemente malhada, e a face apresenta olhos muito amarelos, rodeados por uma mancha negra, que a tornam inconfundível. Em voo é difícil de distinguir do Bufo-pequeno (Asio otus), mas apresenta tons mais claros, sobretudo no peito e ventre. Entre nós esta coruja é muito silenciosa, e por isso o canto não constitui uma característica útil na sua identificação.

DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA

Trata-se de uma espécie bastante rara em Portugal, onde surge no decurso das suas migrações e durante a invernada. Observa-se de norte a sul do território continental, mas é aparentemente mais frequente nas zonas litorais, particularmente junto às grandes zonas húmidas do centro e sul. No Arquipélago da Madeira também parece ocorrer com alguma regularidade.
ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO
Pouco se sabe sobre a problemática da conservação desta espécie rara em Portugal. Na Europa sofreu um decréscimo acentuado devido à destruição do habitat, e talvez também como resultado da perseguição directa. No nosso país esta ave é abatida com alguma frequência por caçadores que patrulham as zonas húmidas. O seu hábito de permitir uma aproximação considerável aos seus locais de repouso, levantando apenas “à última da hora”, faz com que seja uma presa fácil de caçadores pouco escrupulosos.

HABITAT
Esta coruja mostra uma clara preferência pelos grandes espaços abertos, evitando bosques e zonas humanizadas. É mais abundante nas várzeas e lezírias junto a grandes zonas húmidas litorais, frequentando sapais, salinas, caniçais, terrenos alagadiços, pastagens com valas, arrozais e outros campos agrícolas. Outras áreas de invernada localizam-se nas zonas cerealíferas do Alentejo. Durante as migrações também surge com alguma regularidade em escarpas litorais.
ALIMENTAÇÃO

Em grande parte da sua área de distribuição a Coruja-do-nabal é um especialista em pequenos mamíferos, sobretudo roedores, mas também insectívoros. Em Portugal, num único estudo detalhado da sua alimentação efectuado no Estuário do Sado, verificou-se que, para além dos pequenos roedores, os insectos aquáticos (essencialmente Coleópteros) também são presas muito frequentes.


REPRODUÇÃO
Nas suas áreas de reprodução no norte e centro da Europa, a Coruja-do-nabal nidifica em áreas relativamente abertas, e com um uso do solo pouco intensivo. O ninho é feito no chão, escondido pela vegetação, como por exemplo por entre ervas altas, caniços ou urzes. O número de ovos é bastante variável, sendo função da abundância de presas. As posturas mais frequentes contam com 4 a 8 unidades, mas excepcionalmente podem chegar a 16. A incubação, realizada sobretudo pela fêmea, tem uma duração de 24 a 29 dias. Os juvenis podem abandonar o ninho muito cedo, mesmo antes de aprenderem a voar.
MOVIMENTOS
A migração das Corujas-do-nabal em Portugal inicia-se com a chegada das primeiras aves no final de Setembro. As corujas são mais abundantes de Novembro a Março, e as últimas aves desaparecem em Abril. As aves que surgem entre nós deverão ser originárias da Europa Central e do Norte, como comprova a recaptura em Portugal de um indivíduo desta espécie anilhado na Alemanha.

LOCAIS DE OBSERVAÇÃO

Os estuários do Tejo e Sado e a Ria de Aveiro são provavelmente os locais nacionais mais propícios à observação desta espécie. Orlas de caniçais, sapais e salinas podem revelar-se particularmente favoráveis. Ao contrário do que se passa em grande parte da sua área de distribuição, onde esta coruja apresenta actividade diurna, em Portugal esta espécie é fundamentalmente crepuscular ou nocturna. Os primeiros minutos após o pôr-do-sol são talvez os melhores momentos para a detectar.

CURIOSIDADES

No final do século passado, foi detectado em Portugal e em Espanha um parente próximo da Coruja-do-nabal, a Coruja-moura Asio capensis. Actualmente esta última espécie parece ter desaparecido definitivamente da Península Ibérica.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Petição para pôr fim à comercialização de espécies de peixes de profundidade

Ajuda-nos a proteger um dos últimos refúgios da vida marinha do planeta!
Assina a petição aos supermercados para pôr fim à comercialização de espécies de peixe de profundidade.Os habitats do mar profundo alojam criaturas misteriosas, frágeis e de crescimento extremamente lento.
Escandalosamente, fora do nosso alcance físico e visual, navios de pesca industrial de meia dúzia de países, entre eles Portugal, estão a destruir a uma velocidade estonteante estes oásis das profundezas, por um retorno económico irrisório a nível global.
A pesca de profundidade é uma actividade inerentemente destrutiva, insustentável e ainda ineficiente. Muitas das espécies capturadas nem são utilizadas para consumo e são devolvidas ao mar já sem vida ou moribundas, enquanto os seus habitats foram irremediavelmente danificados pelo equipamento usado.
Pede aos supermercados classificados a vermelho no 2º Ranking da Greenpeace que assumam as suas responsabilidades e garantam que não vendem espécies capturadas a grande profundidade em alto mar.
Podes obter mais informação sobre esta campanha no site da Greenpeace:http://www.greenpeace.org/portugal/

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ficha de Espécies - O Sacarrabos

Provavelmente introduzido na Península Ibérica pelos árabes, o Sacarrabos é um carnívoro diurno de médio porte, comum na metade sul do País. É conhecido pela sua capacidade de capturar cobras e pela sua forma peculiar de deslocação em grupo.

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS

O Sacarrabos Herpestes ichneumon é um carnívoro de médio porte castanho-acinzentado que, juntamente com a Geneta, representam a família Viverridae no nosso país. Também conhecido por mangusto, manguço ou escalavardo, tem um corpo alongado e de aspecto fusiforme, o focinho é pontiagudo, as patas são curtas e a cauda vai-se afunilando até à sua extremidade onde se encontra um pincel de pelos mais escuros. Tem uma altura no garrote de aproximadamente 20 cm, pesa 2-3 Kg, e tem um comprimento total de cerca de 90 cm, podendo a cauda chegar aos 50 cm. Na cabeça distinguem-se umas orelhas pequenas e arredondadas e uns olhos côr de âmbar que têm a particularidade de exibir uma pupila horizontal, caso quase único entre mamíferos e que revela hábitos diurnos. Não existe um dimorfismo sexual evidente entre machos e fêmeas embora os primeiros sejam um pouco maiores.

DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA

Esta espécie, que se pensa que tenha sido introduzida na Península Ibérica pelos árabes, tem origem etiópica e está presente na maior parte do continente africano e na Ásia Menor. Foi também recentemente introduzida numa ilha jugoslava. Na Península Ibérica está distribuida principalmente a SW. No nosso país é relativamente abundante no sul e o a norte já chega pelo menos à Serra da Estrela. Depois de um período em que deve ter sofrido uma regressão na primeira metade do século XX (a 'campanha do trigo' que devastou muito matagal mediterrânico), a espécie parece estar agora em alguma expansão provavelmente devido a 3 factores: o abandono de terras agrícolas e o ressurgimento de alguns matagais; a quase ausência dos seus predadores como o Lince-ibérico; por ter actividade principalmente diurna não compete directamente com outros predadores pelos mesmos recursos.

ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO
Não ameaçada. É uma espécie cinegética de caça menor que pode ser caçada a salto ou de batida (entre Jan-Fev). Pode ainda ser abatido no controlo de predadores.

HABITAT


É um típico habitante dos matagais mediterrânicos, com subcoberto bastante denso (o seu focinho pontiagudo facilita-lhe a deslocação neste tipo de habitat) e, em geral, nas proximidades de linhas de água. Geralmente como toca utiliza luras abandonadas de coelhos que alarga com as fortes garras que possui nos cinco dedos.

ALIMENTAÇÃO
O sacarrabos tem reflexos bastante rápidos o que lhe permite capturar ofídeos (cobras), inclusivé as espécies venenosas. No entanto, as suas principais presas são os pequenos mamíferos, nomeadamente os roedores e, sempre que disponíveis, também os lagomorfos (coelhos e lebres). Por ter hábitos diurnos, os répteis são também uma parte importante do seu espectro alimentar que inclui ainda insectos, anfibios, aves e matéria vegetal com valor energético.

REPRODUÇÃO
A época de acasalamento ocorre na Primavera seguindo-se um período de gestação de 84 dias, nascendo 2-4 crias entre Junho e Agosto. Os machos são poligâmicos podendo fecundar várias fêmeas. As crias ficam com a mãe até ao nascimento da ninhada seguinte, chegando a formar grupos de 7-9 indivíduos.

MOVIMENTOS
As áreas vitais do sacarrabos variam entre 0,5 e 5 Km2. A defesa efectiva dos territórios restringe-se ao espaço em redor dos seus abrigos.
CURIOSIDADES

As crias seguem a mãe em fila-indiana, cada uma com o focinho por baixo da cauda da que a precede, daí o nome sacarrabos (esta maneira peculiar de se deslocarem até levou ao equívoco de lhes chamarem cobra peluda). Também quando caçam em grupo, os sacarrabos apresentam a particularidade de rodearem a presa deixando-lhe poucas hipóteses de escapar.

LOCAIS FAVORÁVEIS DE OBSERVAÇÃO

O facto de ter hábitos diurnos e de ser relativamente abundante no sul do país torna a sua observação mais fácil que a dos outros carnívoros já apresentados (lince, raposa, geneta). Um passeio ao longo de uma linha de água será sempre uma boa ideia seguindo as indicações das fichas anteriores.

domingo, 25 de outubro de 2009

24 de Outubro, Dia Internacional da Acção Climática

As Alterações Climáticas deixaram de ser apenas uma ameaça para converter-se em realidade, quando certos fenómenos como o degelo do Árctico, a seca ou os fenómenos climáticos extremos se tornaram inequívocos. Actualmente, alguns efeitos prejudiciais das Alterações Climáticas são inevitáveis, mas ainda é possível controlar a sua dimensão, o que no entanto exige uma acção imediata.
O dióxido de carbono é o principal gás com efeito de estufa, sendo em grande medida responsável pelas Alterações Climáticas e seus efeitos, entre os quais se destaca a subida da temperatura. Assim, o primeiro e mais importante passo a dar neste momento é controlar a concentração de CO2 na atmosfera. Vários estudos indicam que 350 ppm é a concentração atmosférica máxima de CO2 para evitar fenómenos globais catastróficos e alterações drásticas, como a subida da temperatura em mais de2ºC.
Actualmente, a concentração do CO2 na atmosfera já atingiu os 390 ppm, de modo que o primeiro passo é controlar as emissões para que os mecanismos naturais de absorção do planeta possam actuar para a reduzir.
O movimento 350.org surgiu com o objectivo de consciencializar a população mundial e mobilizá-la numa iniciativa de dimensão histórica de manifestação da vontade pública de que os líderes mundiais se comprometam claramente na luta contra as Alterações Climáticas, através da adopção do objectivo dos 350 ppm de CO2 na atmosfera.
No próximo dia 24, dia Global da Acção Climática, decorrerão simultaneamente mais de 4500 acções em 177 países organizadas pela 350.org para exigir aos líderes políticos a acção eficaz no combate às Alterações Climáticas. O dia celebrar-se-á a seis semanas da Conferência do Clima das Nações Unidas em que decorrerá a assinatura de um sucessor do Protocolo de Quioto, que estabelecerá as novas metas de redução de emissões dos gases de efeito de estufa.
A nível nacional há várias iniciativas planeadas. Assim, a Quercus e o Condomínio da Terra associam-se à 350.org com acções em Lisboa (Padrão dos Descobrimentos) e em Gaia (tabuleiro superior da Ponte D. Luís) e em Montemor (Herdade do Freixo do Meio) que culminarão com a formação de um 350 humano.
Por outro lado, o CEAI e o Agrupamento de Escolas da Amareleja, em colaboração com as padarias da região, vão distribuir 350 pães em sacos de papel fechados com etiquetas contendo diferentes mensagens apelando à segurança climática. O dia será marcado também por um percurso de bicicleta entre a Amareleja e a Estação Biológica do Garducho, onde depois serão emitidos 5 minifilmes dedicados às Alterações Climáticas com a duração simbólica de 350 segundos.

sábado, 17 de outubro de 2009

Agricultura Biológica

A agricultura biológica tem crescido no nosso país a um ritmo superior à média europeia, sendo de assinalar o aumento do número de agricultores e da produção das explorações que, nos últimos seis anos, quadruplicou.

Esta prática, que produz alimentos de forma ambiental, social e economicamente sustentável, reduz a utilização de adubos minerais e pesticidas quiímicos de síntese e obriga à rotação das culturas, permitindo evitar a esterilidade dos solos e obter alimentos mais saudáveis.

Ao contrário da agricultura convencional, a agricultura biológia aplica métodos naturais de controlo de pragas e doenças. Os agricultores utilizam bacilos e insectos capazes de eliminar infestantes, de forma a salvaguardar a saúde humana e a preservar simultaneamente o ambiente.

As vantagens desta agricultura residem nas técnicas naturais de cultivo. Não existe uma só produção, mas várias e em pouco espaço. Isto facilita a circunscrição das pragas e a localização dos problemas. O facto de não se fazer duas vezes seguidas a mesma cultura, no mesmo local, permite que as pragas capazes de atacar uma cultura, não ataquem a seguinte.

Os produtos que resultam desta forma de agricultura alternativa são reconhecidos como de grande qualidade, maior valor alimentar, mais saborosos e menos perecíveis.

A primeira produção portuguesa deste tipo surgiu em 1983 e, até à data, tem vindo a conquistar adeptos, sendo de salientar a relativa juventude dos agricultores, com idade média dominante compreendida entre os 40 e os 49 anos.

Apesar da procura de produtos biológicos ter vindo a crescer, os agricultores debatem-se, ainda, com problemas relacionados com a sua distribuição e uma maior aceitação por parte dos consumidores. De facto, os respectivos preços de venda são, geralmente, mais elevados, devido não só a custos de produção superiores aos da agricultura convencional, decorrentes de uma produção em pequena escala e mais vulnerável aos condicionalismos naturais, assim como a margens de venda mais elevadas, pois são considerados produtos de luxo.


Correio Agrícola, Julho de 2006

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Parques de Cascais

Até ao final do ano será apresentada a marca "Parques de Cascais", um conceito centrado no estabelecimento e divulgação de uma linguagem comum a todos os parques existentes no Concelho de Cascais que são alvo actualmente de várias intervenções.

O objectivo é efectuar uma ligação em rede entre os diferentes parques existentes, abrangendo os Parques de Natureza, Históricos, Temáticos e Urbanos.Os Parques de Natureza são espaços de grande dimensão, inseridos em zonas não urbanizadas, criados com a intenção de potencializar os valores naturais existentes na zona (exemplo: Eco-Parque do Pisão). Caracterizados como parques emblemáticos já existentes, os Parques Históricos são áreas para as quais está prevista a requalificação (exemplo: Parque Marechal Carmona e Parque de Palmela).Como o nome indica, os Parques Temáticos são espaços ligados a uma temática e função específica para além da ecológica (exemplo: Pedra Amarela Campo Base).Por último, os Parques Urbanos referem-se aos parques com áreas superiores a três hectares, que visam responder às necessidades da população em geral, fomentando a qualidade de vida associada aos espaços de lazer.A conexão entre os vários parques será efectuada a nível identificativo, através da sinalética correspondente em cada local, mas será mais facilmente percepcionada através de um portal que irá ser disponibilizado online. Este possibilitará ao visitante o acesso a informação geral sobre cada tipologia de parques mencionada anteriormente, de forma a obter pleno conhecimento sobre os espaços de interesse para serem usufruídos pela população do Concelho e a nível nacional, fazendo a pesquisa, indicando a área de residência emquestão. Desta forma pretende-se promover o contacto entre o Homem e os Espaços Naturais, estabelecendo uma ligação com os benefícios que esta relação poderá trazer a longo prazo para a qualidade de vida da população, e com a consequente melhoria da paisagem.
Parque Urbano Quinta da Rana – recuperação do património arquitectónico
O projecto do Parque Urbano Quinta da Rana centra-se na necessidade de restabelecer as origens do património arquitectónico do Concelho de Cascais, distinguível nas ruínas da quinta de recreio, existente no local, ainda com a sua componente agrícola facilmente assinalável. Esta área desenvolve-se ao longo de dois hectares, incluindo parte da antiga estrutura da quinta e área de espaço aberto.O plano delineado para o local incluirá a recuperação das estruturas da quinta, recriando, de forma actual, todo o passado histórico e cultural do espaço. A área adjacente estará em sintonia com a escola projectada também para o local, servindo-lhe de apoio, e servirá ainda como um espaço aberto de prado e relvado, destinado ao recreio infantil.
Destaca-se a futura cafetaria, com o apoio de um deck de madeira e sobranceira ao espelho de água. Terá sanitários, cozinha para refeições ligeiras e área polivalente, com espaço para um recreio infantil. O acesso pedonal será um lugar amplo, de recepção, marcado pelas estruturas dos aquedutos e pelo poder unificador da água. No espaço interior, coexistirão espaços livres, com relvados, prados e pomares de citrinos.
Com este projecto, pretende-se desenvolver uma intervenção no terreno, no sentido de recuperar o Património histórico e cultural existente, valorizando-o.
Parque Urbano Outeiro de Polima – aproveitamento de um espaço ilimitado
O projecto do Parque Urbano Outeiro de Polima abrange cinco hectares de terreno agrícola, entre o Outeiro de Polima e a Torre da Aguilha. O potencial deste espaço para a criação de um Parque Urbano destaca-se visualmente através das relações privilegiadas com o Rio Tejo, o Cabo Espichel, Monsanto e Lisboa, dentro de um espaço ilimitado. O plano de intervenção neste sítio centra-se na apropriação das características intrínsecas do local.O ponto mais alto foi classificado como o elemento principal desta paisagem e como tal está prevista a instalação de uma cafetaria, com o apoio de uma esplanada em deck de madeira sobre um espelho de água, proporcionando uma vista para vários pontos de fuga. Aqui, haverá ainda espaço para a construção de uma cozinha, sanitários e um espaço polivalente, para exposições ou para utilização como espaço de consulta de internet.
O acesso à área principal, na zona Sul, terá um parque de estacionamento e, ao longo da via, um acesso pedonal, marcado pela implementação de uma área de desporto activo, com dois/três campos de jogos. Pelo meio, a Noroeste, um recreio activo informal com vários equipamentos, irá delinear o acesso à zona principal. Ainda aqui, vai haver espaço para uma praça que permitirá o desenvolvimento de um pequeno mercado, ou outro evento de cariz local para festividades e concertos ao ar livre.Neste local vão poder ser avistados espaços verdes um pouco por toda a parte, com diversas hortas ao longo dos caminhos e acessos, onde todos os moradores poderão cultivar uma pequena horta para consumo próprio ou venda no mercado local. O sistema de uso destas hortas deverá ser sujeito a um concurso, com contrato de utilização anual. O projecto abrange ainda um sistema de rega em áreas nobres com uma utilização mais intensa como a área de recreio infantil, áreas de recepção e envolvente da cafetaria.Através destas acções pretende-se tirar o máximo partido das características inerentes deste espaço.
Parque das Penhas da Marmeleira – aproveitamento ideal do espaçoNo sentido de recuperar a área degradada em zona limite do Parque Natural de Sintra-Cascais surge o projecto do Parque das Penhas da Marmeleira, com o intuito de valorizar o espaço natural que este ocupa e a relação visual que estabelece com a Serra de Sintra, a Ribeira das Vinhas e as Penhas da Marmeleira.
Entre algumas acções em desenvolvimento no local, procedeu-se à implementação de uma passagem pedestre que percorre todo o espaço, através de plataformas de madeira sobre o terreno de forma a reduzir declives e permitir acesso a determinadas zonas.A abertura desta área para a passagem de peões e bicicletas, permitindo que haja uma ligação entre os percursos pedestres e cicláveis, com início em Cascais e com termo na Serra de Sintra, será outra das funcionalidades a implementar neste parque.

Cascais já tem "Pegada Ecológica"

Cascais é o primeiro Concelho em Portugal a conhecer a sua Pegada Ecológica, a área necessária a cada pessoa para produzir o que consome e absorver os resíduos que produz.


Os dados foram revelados no estudo realizado pela Agenda Cascais 21 em colaboração com o Centro de Estudos e Estratégias para a Sustentabilidade (CESTRAS).

Na investigação foram tidas em conta variáveis como a alimentação, mobilidade, transportes, habitação, bens de consumo e serviços. A área calculada na Pegada Ecológica corresponde a uma área abstracta (o hectare global) que permite relacionar, numa mesma unidade, hectares com produtividade biológica diferente.Assim, a Pegada Ecológica de Cascais é de 5.2 hectares globais, mais 18 por cento do que a média nacional (4.4%) e um pouco acima da média da União Europeia (4.7%). Está abaixo de cidades como Marin (10.9%) e Sonoma (9.02%), nos Estados Unidos da América, Calgary (9.86%), no Canadá, Victoria (8.1%), na Austrália, e Londres (6.63%).“Ao sermos pioneiros na avaliação da nossa Pegada Ecológica estamos, mais uma vez, em condições de nos anteciparmos na adopção de medidas destinadas a proteger o ambiente e promover o desenvolvimento sustentável do Concelho, alcançando o estatuto de referência nesta matéria”, defende Carlos Carreiras, Vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais.O estudo da Pegada Ecológica, em complemento com outros instrumentos, constitui uma valiosa ferramenta de apoio à decisão no que toca às políticas de desenvolvimento sustentável e à gestão da pressão que cada pessoa exerce sobre os recursos naturais.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Próximos eventos Oxigénio

16 de Agosto - Acção aberta ao público em geral, das 9h00 às 14h - Local: Pisão de Baixo (Fundação São Francisco de Assis)

19 Setembro - Acção aberta ao público em geral, das 9h00 às 14h - Local: Pisão de Baixo (Fundação São Francisco de Assis)

Aparece e diverte-te!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Efeito cascata na perda de Biodiversidade

Certas espécies desempenham um papel fulcral nos ecossistemas, e mesmo que se discuta que não têm mais valor do que outras, a perda de uma delas leva à perda de outras, criando um efeito cascata na perda de biodiversidade.

A manutenção da biodiversidade local implica muitas vezes a manutenção do próprio ecossistema, razão pela qual as medidas de conservação e exploração dos recursos naturais têm que a promover, em prol do equilíbrio e sustentabilidade dos sistemas ecológicos.
A perda de determinadas espécies pode ter diversos efeitos nas espécies que persistem no ecossistema. O número de espécies que irá ser influenciado pelo desaparecimento de outras, e a forma como esses efeitos irão ocorrer, depende das características do ecossistema e do papel das espécies na sua estrutura.
Um “Efeito Cascata” ocorre quando uma extinção local de uma espécie altera significativamente as dimensões das populações de outras espécies, o que potencialmente pode levar à perda de mais espécies.
Este efeito é particularmente evidente nos casos em que a espécie desaparecida é um “Predador Chave”, um “Mutualista Chave” ou uma Presa de um predador especialista.
Perda de um “Predador Chave”
A perda de um predador num ecossistema vai afectar o tamanho de uma determinada população de presas, embora a extensão e a forma como os efeitos se vão fazer sentir dependa de quanto esse predador limitava a população de que se alimentava.
O tamanho da população de presas pode ser controlado por outros factores para além da predação (é o chamado control-Donor, modelo que descreve as situações em que os predadores não afectam as populações de presas), e neste caso a perda do predador do ecossistema não será significativo para as espécies predadas. Os factores limitantes do efectivo populacional de uma presa poderão ser agentes como o alimento, o espaço, a competição intra ou inter-específica, entre outros, pelo que a ausência de predador poderá nunca vir a ser evidente.
Num sistema onde o número de presas é controlado pelos predadores (interacções positivas/negativas entre a presa e o predador, descrito no modelo de Lotka-Volterra), o impacto da perda da espécie predadora poderá ser significativo, especialmente se a posição desta na cadeia trófica for relativamente elevada.
Os chamados “Predadores Chave” afectam não só o tamanho da população de presas, mas também a diversidade de espécies da comunidade. Ao limitarem, quando presentes, a população de determinada espécie, os “Predadores Chave” permitem a existência de uma elevada diversidade específica. Uma determinada presa que seja a preferencial de um determinado predador, na ausência deste (ou seja, na ausência do factor limitante), pode ter uma explosão demográfica e passar a dominar os recursos do ecossistema, em detrimento de outras espécies (com outros factores limitantes), por processos de competição inter-específica, que se traduzem, muitas vezes, por uma competição exclusiva.
Os “Predadores Chave” não são fáceis de identificar e o reconhecimento destas espécies, com este estatuto essencial para o funcionamento de um ecossistema, requer muito estudo e muita investigação. A lontra marinha do Pacífico, por exemplo, que pode ser observada no Oceanário do Parque das Nações, actua como “Predador Chave” no Pacífico Norte, sendo a única espécie não humana capaz de controlar as populações de ouriços-do-mar. A sua acção impede que os ouriços dominem as costas da América do Norte e eliminem drasticamente as populações vegetais marinhas, com elevada perda de biodiversidade.
Perda de um “Mutualista Chave”
As espécies envolvidas numa relação de mutualismo (interacções mutuamente benéficas, como o caso da polinização de plantas por insectos) são profundamente afectadas se uma das espécies parceiras se perder. A consequência do desaparecimento de uma espécie envolvida numa relação deste tipo é tanto mais grave quanto maior for a especificidade do mutualismo. Por exemplo, determinadas espécies de orquídeas dependem de uma única espécie de abelhas para se processar a polinização, e existem espécies de vespas que polinizam uma única espécie de figueira (Ficus spp.).
Certas espécies, os “Mutualistas Chave”, podem assumir um papel de extrema importância na comunidade. No Parque Nacional de Manu, na época seca, a produção de frutos pelas plantas decresce para apenas 5%, em que somente 12 das 2000 espécies de plantas existentes continuam a produzir frutos que suportam todas aves e mamíferos frugívoros da comunidade. A perda de uma destas 12 plantas “Mutualistas Chave” pode ser catastrófica para as populações com estes hábitos alimentares.
Ao contrário do caso dos “Predadores Chave”, é relativamente fácil identificar um “Mutualista Chave”, havendo casos em que é suficiente a observação não experimental dos recursos utilizados pelas espécies. Num dado ecossistema, em que se identifica um “Mutualista Chave”, as medidas de gestão a implementar terão um encaminhamento também facilitado. Além de se procurar favorecer o incremento da espécie essencial ao ecossistema, a promoção do aumento da sua densidade populacional traduz-se, normalmente, no aumento das populações dependentes.
Perda de Presa de predador especialista
A perda de uma espécie, geralmente, tem tanto mais impacto num predador seu, quanto maior for o nível da cadeia trófica ocupada por esse predador. As populações de predadores de topo da cadeia trófica tendem a estar limitadas pela disponibilidade de presas, ao contrário das espécies que ocupam níveis mais baixos da cadeia, como os herbívoros, que estão normalmente limitados por predadores, parasitas e doenças. Desta forma, a população do predador de topo sofrerá gravemente com a remoção de presas, que funcionam como o seu factor limitante. Esta situação pode ser tanto mais grave para o predador de topo, quanto maior for a sua especialização alimentar, e no caso dos predadores especialistas não é relevante se a posição que ocupa na cadeia trófica é elevada ou não. Por exemplo, muitos insectos, que se encontram numa posição baixa na cadeia trófica, são predadores especialistas de uma única espécie de planta, por terem desenvolvido técnicas para superar as suas defesas, e o desaparecimento destas será catastrófico para a população de invertebrados.
Numa comunidade, as espécies mais comuns tendem a ter como predadores os mais especialistas, ao contrário do que acontece com as espécies mais raras ou endémicas. Assim, o declínio das espécies mais comuns tem normalmente um maior impacto nos predadores especialistas.

domingo, 5 de julho de 2009

Dicas Ambientais

QUARTO DE CRIANÇA

1. BRINQUEDOS

  • Poupe dinheiro em brinquedos, levando as crianças mais vezes ao parque em vez de as deixar em casa. Isto permite que uma família comum (um casal com dois filhos) poupe mais de € 250 por ano por criança, e é uma excelente forma de conhecer outras crianças.
  • Sempre que possa, opte por um brinquedo que funcione sem que seja necessário recorrer à corrente eléctrica ou a pilhas. No caso de serem necessárias pilhas, utilize pilhas recarregáveis.

2. COMPUTADOR

  • Opte por equipamentos com a etiqueta “Energy Star”, que identifica os mais eficientes do ponto de vista energético. Estes têm a capacidade de passar a um estado de repouso (modo de baixo consumo de energia) quando não estão a ser utilizados, sendo o consumo de energia 15% inferior ao consumo normal. No momento de compra, escolha ecrãs TFT ou LCD. O ecrã é a parte do computador que mais energia consome e consumirá tanto mais, quanto maior for.
  • Os planos ou Thin-Film Transistor (TFT) consomem menos energia do que os convencionais.
  • Os ecrãs Liquid Crystal Display (LCD) poupam cerca de 37% de energia em funcionamento e cerca de 40% em modo de espera
  • Se possível, adquira um computadores portáteis. São mais económicos, podendo poupar 90% de energia.
  • Desligue o computador, o monitor, a impressora e todos os equipamentos periféricos, em caso de ausências superiores a 30 minutos ou quando não estiver a utilizar estes equipamentos.
  • Numa ausência por um período curto, opte por desligar o ecrã do computador, poupando assim energia. Ao voltar não terá que esperar que o equipamento se reinicie.
  • Programe as definições do seu computador para este se desligar automaticamente (hibernar) após um tempo sem o utilizar. Ao voltar não terá que esperar que o equipamento se reinicie.
  • O screen saver que mais energia poupa é o totalmente negro.
  • Ligue os vários equipamentos informáticos a uma ficha múltipla com botão de ON e OFF. Ao desligar este botão, desligará todos os aparelhos aí conectados, poupando energia.
  • Quando quiser desfazer-se do seu equipamento antigo, ofereça-o a uma escola ou instituição, mas certifique-se que está em boas condições e se funciona.

3. CONSOLA DE JOGOS

  • Quando não estiver a jogar desligue a consola de jogos da tomada.
  • Uma boa ideia é ter todos os equipamentos ligados a uma tomada múltipla com botão ON e OFF.
  • Ao desligar este botão, apagará todos os aparelhos aí ligados, poupando energia.

4. IMPRESSORA

  • Se possível, evite imprimir documentos. Para além de poupar papel e tinteiros, poupa energia.
  • Opte por comprar uma impressora com a possibilidade de impressão nos dois lados do papel ou, quando imprimir, faça-o dos dois lados da folha.
  • Para não se esquecer de desligar a impressora, junte a sua ficha numa tomada múltipla com botão ON e OFF. Quando desligar o botão, todos os aparelhos connecatos ficarão apagados.
  • Recicle os cartuchos da impressora. Se colocássemos lado a lado os cartuchos que são deitados fora num ano, seriam suficientes para circundar o nosso Planeta.
  • Quando quiser desfazer-se do seu equipamento antigo, ofereça-o a uma escola ou instituição, mas certifique-se que está em boas condições e se funciona.

Dicas Ambientais

DESLOCAÇÕES

3. DESLOCAÇÕES

  • Na cidade, 50% das viagens de carro são inferiores a 3 km e 10% inferiores a 500 metros. Evite viajar de carro em distâncias curtas. Vá a pé, de bicicleta ou de transportes colectivos.
  • Partilhe o veículo, sempre que possível, com colegas ou familiares nas deslocações de e para o local de trabalho, supermercado, etc.
  • Os carros são uma das principais fontes de poluição, ruído e emissão de gases de efeito de estufa.
  • Proporcionalmente, em cada km percorrido, um transporte colectivo gasta cerca de metade do combustível que um automóvel consome e cerca de um terço do consumo de um utilitário desportivo (SUV) ou de uma carrinha pequena.
  • Em média, ao trocar o pedal do acelerador pelo da bicicleta numa viagem de 5 km, poderá poupar sensivelmente 0,5 litro de combustível. Ao trocar o carro, por outro meio de transporte, uma vez por semana, estará a poupar € 38 por ano.

Se tiver mesmo que optar pelo carro tenha em conta …

  • Na hora da compra, é importante escolher um modelo de carro adaptado às necessidades de cada utilizador e ter em atenção as características relativas ao consumo e às emissões de CO2. O imposto único de circulação pondera agora em 60% as emissões de diáxido de carbono.
  • Uma condução eficiente permite poupar, em média, 15% de combustível e de emissões de CO2, para além de reduzir o desgaste do motor, pneus e travões.
  • Os acessórios exteriores aumentam a resistência do veículo ao ar e por conseguinte aumentam o consumo de combustível (+ 35%).
  • O uso de equipamentos auxiliares aumenta significativamente o consumo de combustível, sendo o ar condicionado o que mais o influencia (+ 20%). Utilize-os com moderação. Para manter uma sensação de conforto dentro do carro, mantenha a temperatura nos 23-24ºC, e accione apenas o ar condicionado após ter renovado o ar no interior do veículo.
  • O peso dos objectos transportados, incluindo os ocupantes, têm influência no consumo, especialmente nos arranques e períodos de aceleração (100 kg correspondem a um consumo 5% superior). Uma má distribuição da carga, afecta a segurança e aumenta os gastos com reparações e manutenção. Evite igualmente carregar pesos desnecessários na bagageira.
  • Conduzir com as janelas abertas provoca uma maior resistência ao movimento do veículo, um esforço maior do motor e um maior consumo de combustível (+ 5%).A manutenção do veículo influencia o consumo. É especialmente importante o bom estado do motor, o controlo dos níveis e filtros assim como uma pressão adequada dos pneus.

Dicas Ambientais

SALA


1. CARREGADOR TELEMÓVEL

  • Logo que a bateria do seu telemóvel estiver carregada, desligue-o do carregador e o mesmo da tomada eléctrica. Evite deixar o telemóvel a carregar durante a noite (ou durante períodos muito alargados de tempo).

  • Não deixe o carregador do telemóvel ligado à tomada depois de carregado, pois estará a consumir energia.

2. CINZEIROS (BEATAS CIGARROS)

  • Se é fumador, evite fazê-lo dentro de casa e deite sempre as beatas no lixo.

  • Uma beata de cigarro demora 10 anos a desaparecer por completo.

  • As pontas dos cigarros não são apenas lixo, são também responsáveis por problemas ambientais bastante sérios.

  • Muitos animais terrestres e marinhos morrem todos os anos por ingerirem pontas de cigarros acidentalmente.

  • Os cigarros que são atirados pelas janelas dos carros são muitas vezes a causa de incêndios florestais.

3. ILUMINAÇÃO

  • Aproveite ao máximo a luz natural/solar e utilize a iluminação artificial de um modo responsável.

  • A iluminação é responsável por cerca de 10 a 15% do consumo de electricidade total da habitação.

  • Pinte as paredes e o tecto com cores claras, que reflictam melhor a luz, reduzindo a iluminação artificial.

  • Evite ter as luzes ou os equipamentos ligados quando não forem necessários. Não deixe luzes acesas em divisões que não estão a ser utilizadas.

  • Instale sensores de movimento nos locais de passagem – ex.: garagens ou vestíbulos.

  • Reduza ao mínimo a iluminação ornamental em zonas exteriores.

  • Mantenha as lâmpadas e as respectivas protecções ou ornamentos limpos. Aumentará a luminosidade, sem aumentar a potência.

  • Substitua as lâmpadas incandescentes clássicas por lâmpadas de baixo consumo ou economizadoras. As lâmpadas fluorescentes compactas dão a mesma luz, mas poupam 80% da energia eléctrica utilizada e duram 8 vezes mais. Na substituição, dê prioridade às que mais tempo estão acesas.

  • Adapte a iluminação às suas necessidades e dê preferência à iluminação localizada. Para além de poupar, conseguirá ambientes mais confortáveis.

  • Coloque reguladores de intensidade luminosa electrónicos. Poupará energia.

  • Use tubos fluorescentes onde necessite de luz por muitas horas, como por exemplo, na cozinha.

  • Nos halls, garagens ou zonas comuns, coloque detectores de presença para que as luzes se acendam e apaguem automaticamente.

4. JANELAS

  • Se possível instale janelas de elevado desempenho térmico. Contribuem para a redução do consumo energético da sua casa até 40% (energia de aquecimento e de arrefecimento).
  • Para ter uma temperatura constante de conforto (variam entre os 18ºC, no Inverno, e os 25ºC, no Verão) na sua casa, instale janelas que pelas suas características minimizem excessivos consumos de energia.
  • As janelas de PVC são a alternativa mais vantajosa do ponto de vista ambiental porque são 100% recicláveis e apresentam uma menor contribuição para as emissões de CO2.
  • Características de janelas de elevado desempenho térmico:
    1.Perfis do caixilho com uma reduzida condutibilidade térmica (as características isolantes dos perfis de PVC são 1235 vezes superiores às das janelas tradicionais de alumínio).2.Vidro com um reduzido factor solar.3.Sistema de ferragens de elevado desempenho aplicadas nos aros e nas folhas móveis, para garantir uma elevada estanquidade à água e uma reduzida permeabilidade ao ar.
  • Instale vidros duplos. Permitem menos 10% de consumo e minimizam o ruído exterior. Caso não seja possível, coloque portadas ou estores exteriores, que podem ajudar a reduzir a quantidade de energia necessária à climatização da sua casa.
  • Para mais informações sobre esta dica consulte www.caixiavegroup.com

5. PUBLICIDADE

  • Quando receber publicidade indesejada, recicle o papel. Mais de 50 milhões de árvores e 75 mil milhões de litros de água são gastos todos os anos na produção de publicidade. Cerca de 40% (mais de 3 milhões e 500 mil toneladas) deste tipo de publiciade vai para o lixo sem ser aberta.
  • Indique que não está interessado em receber publicidade na sua caixa de correio. Coloque um autocolante com a informação “Publicidade não, obrigado”.

6. TELEVISÃO E EQUIPAMENTOS AUDIOVISUAIS

  • Os equipamentos audiovisuais representam 9% do consumo eléctrico das famílias portuguesas e, depois dos frigoríficos, são os equipamentos com maior consumo a nível global.
  • Não ligue a televisão só para servir de companhia, nem adormeça com ela ligada.
  • Evite ter vários aparelhos ligados ao mesmo tempo, reúna a família em torno da mesma televisão.
  • Desligue a televisão no botão e não apenas no comando. Durante o período em que se encontra em modo de espera (stand-by), continua a consumir energia.
  • Uma televisão em modo de espera pode consumir cerca de 15% do consumo em condições normais. Por isso, em ausências prolongadas ou quando não está a ver televisão, apague-a totalmente, no botão de desligar.
  • Uma boa ideia é ligar a televisão e todos os equipamentos audiovisuais (aparelhagem de música, amplificador, DVD, descodificador digital, etc.) a uma tomada múltipla com botão ON e OFF. Ao desligar este botão, apagará todos os aparelhos aí conectados e pode conseguir poupanças de cerca de € 40 ao ano.
  • Tenha em atenção o consumo do equipamento na decisão de compra.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Aviso

O local em que irá decorrer a acção Oxigénio marcada para o dia 03 de Julho foi alterado para o Pisão de Cima, mantendo-se o horário das 9h30 às 11h.

O ponto de encontro é às 9h30 no portão do Pisão de Cima, EN 9-1, na entrada oposta à barragem do rio da mula.

Boa Plantação

sábado, 27 de junho de 2009

Dicas Ambientais

Cozinha

1. ÁGUAS SANITÁRIAS (AQS) E AQUECIMENTO AMBIENTE

A produção de águas quentes para fins sanitários é um dos principais consumos de energia na habitação. Ao longo de todo o ano, os habitantes utilizam água quente para banhos e lavagens, recorrendo geralmente a equipamentos de queima como esquentadores e caldeiras a gás, existindo também outras soluções como termoacumuladores (cilindros) eléctricos ou o, cada vez mais habitual, colector solar.

Caldeira de condensação:

A caldeira é um dos componentes mais importantes de uma instalação de produção de AQS e/ou de aquecimento. Nela, o calor produzido ao queimar-se um combustível é transmitido a um fluido, normalmente água. Actualmente, a caldeira e o queimador formam um conjunto homogéneo, seccionados e unidos adequadamente para que a combustão seja óptima. As caldeiras tradicionais utilizam parte do calor gerado pela queima do combustível e a sua eficiência pode atingir valores superiores a 90%.
Actualmente estão disponíveis caldeiras ainda mais eficientes – designadas de caldeiras de condensação – onde é recuperada uma grande parte do calor existente nos gases de exaustão expedidos através da chaminé, proporcionando acréscimos de eficiência que podem chegar ao 15 -20%.

Quanto poupo?

A utilização de painéis solares com apoio de uma caldeira de condensação nesta habitação, com rendimento de 107%, quando comparada apenas com a utilização de uma caldeira convencional com 82% de rendimento, pode significar uma poupança anual até 200€ em gás e 300 kg/ano de CO2 evitados.

Sabia que…

  • As caldeiras podem ser utilizadas para duas funções: produção de águas quentes sanitárias (banhos, lavagens, etc.) e aquecimento ambiente;
  • A energia obtida nos colectores solares deve constituir a fonte prioritária de energia, podendo a caldeira ser utilizada como complemento ou apoio nos períodos de menor radiação ou de maiores necessidades de água quente;
  • A eficiência de um sistema de produção de AQS ou de aquecimento é, em grande parte, determinada por uma boa regulação e manutenção periódica dos equipamentos;
  • A produção de água quente para fins sanitários ou para aquecimento pode também ser realizada com recurso a bombas de calor eléctricas, assente num conceito semelhante aos dos sistemas de ar condicionado;
Para mais informações sobre esta dica consulte http://www.baxi.pt/
2. BANCADA
  • Evite utilizar produtos descartáveis – copos, guardanapos, panos de limpeza, fraldas, sacos de plástico e até máquinas fotográficas – e escolha alternativas que façam menos lixo.
  • Normalmente este tipo de produtos requer mais recursos e energia do que os reutilizáveis e muitas vezes ficam mais caros a longo prazo.
  • Use a sua própria caneca para beber chá ou café no emprego e pode fazer com que a sua empresa poupe mais de € 16 por ano.

3. COLECTORES SOLARES

Um colector solar é um dispositivo que converte a energia solar em energia térmica, em geral para aquecimento de águas sanitárias. O sistema completo é constituído por um painel que recebe a luz do sol, um permutador em que o fluido de aquecimento circula e um depósito onde a água quente é armazenada. É também essencial dispor de um sistema de apoio convencional (caldeira, resistência eléctrica, etc.) para fazer face a situações às situações de ausência pontual do recurso renovável.

A área de colector necessária para uma habitação ronda 1 m2 por pessoa, ao qual deverá estar associada uma capacidade de depósito de 50 a 70 litros, também por pessoa. Estes sistemas produzem geralmente água quente de baixa temperatura (entre 50 e 90 °C) em quantidade suficiente para satisfazer até cerca de 70% das necessidades energéticas médias anuais para aquecimento de águas sanitárias.

Energia renovável:

Os sistemas de colectores são uma das formas mais comuns de aproveitamento da energia solar como recurso renovável. Um colector solar com 2 m2 de área de captação pode proporcionar entre 1500 e 2500 kWh/ano de energia útil de origem renovável.

Para maximizar o aproveitamento desta energia, devem ser seguidas algumas regras simples de boas práticas, como por exemplo:

O ângulo dos colectores relativamente à linha horizontal deve ser o correspondente à latitude do local;As tubagens devem ser isoladas de forma adequada para reduzir as perdas de calor desde o colector até ao ponto de utilização;

Quanto poupo?

Nesta habitação, o contributo estimado do colector solar será na ordem de ???? kWh/ano, o qual terá um impacto directo na redução da factura energética da habitação equivalente a 150€ em gás natural e 375 kg/ano de CO2 evitados.

Sabia que…

  • Para um adequado funcionamento e maior eficiência do aproveitamento solar é fundamental que:
  • O colector ou sistema solar seja certificado, com qualidade de desempenho comprovados
  • A instalação seja feita por um técnico acreditado pela DGEG
  • Seja assegurada uma manutenção periódica do sistema e seus componentes

4. FERRO DE ENGOMAR

  • Aproveite o aquecimento do ferro de engomar e utilize-o quando houver uma grande quantidade de roupa para passar, aproveitando assim o aquecimento do mesmo.
  • Seleccione a temperatura correcta para cada tipo de tecido, iniciando o trabalho pelas roupas que precisem de temperaturas mais elevadas.
  • Não deixe o ferro ligado se tiver que interromper a tarefa.
  • Desligue o ferro um pouco antes de terminar de passar a roupa.
  • Depois de utilizar o ferro de engomar desligue-o da tomada eléctrica. Nunca se esqueça dele ligado.

5. FOGÃO/PLACA

  • Procure utilizar recipientes cuja base seja superior à da placa eléctrica ou do bico do fogão, de modo a aproveitar ao máximo o calor.
  • Utilize panelas com fundos de grande difusão de calor.
  • Mantenha os recipientes tapados enquanto cozinha.
  • Aproveite o calor residual das placas eléctricas, apagando-as uns cinco minutos antes do prato estar pronto.
  • Descongele os alimentos antes de os cozinhar.

6. FORNO

  • Compre um forno com classificação energética de classe A.
  • Opte por um forno eléctrico com ventilação. Favorecem a distribuição uniforme de calor, poupando tempo e gastando menos energia.
  • Procure aproveitar ao máximo a capacidade do forno e cozinhe, se possível, o maior número de alimentos, em simultâneo.
  • Prefira recipientes de cerâmica ou vidro, que permitem baixar a temperatura necessária ao cozinhado em cerca de 25ºC, uma vez que retêm melhor o calor.
  • Normalmente não é necessário pré-aquecer o forno para cozinhados superiores a 1 hora.
  • Não abra o forno desnecessariamente. Cada vez que o faz está a desperdiçar 20% da energia (e calor) acumulada no seu interior.
  • Apague o forno um pouco antes de acabar de cozinhar: o calor residual será suficiente para acabar o processo.
  • Mantenha o forno limpo, pois o calor reflecte-se melhor, consumindo menos energia.
  • Verificar se a porta do forno veda bem. Se necessário substituir juntas e borrachas de vedação gastas ou com fissuras.

7. FRIGORÍFICO E COMBINADOS

  • Opte por um frigorífico que vá ao encontro das suas necessidades – tamanho da família, periodicidade das compras, volume de congelação e de refrigeração e “amigo do ambiente” (clase de eficiência A ou superior). Estes equipamentos são responsáveis pela maior parte do consumo de electricidade no sector residencial.
  • Coloque o frigorífico ou o combinado num local fresco e ventilado, afastado de possíveis fontes de calor: radiação solar, forno, etc.
  • Afaste a grelha traseira (condensador) deste equipamento, no mínimo 5 cm da parede, e limpe-a, pelo menos uma vez por ano. A acumulação de pó e sujidade dificulta a troca de calor do condensador com o meio ambiente.
  • Ajuste a temperatura do termóstato de modo a impedir a formação de gelo: 3ºC a 5ºC para o frigorífico e -15ºC para o congelador.
  • Evite abrir desnecessariamente a porta do frigorífico e, quando o fizer, seja rápido. 20% do consumo destes equipamentos deve-se à abertura de portas.
  • Não encha demasiado o frigorífico para que o ar possa circular livremente entre os alimentos.
  • Mantenha os alimentos bem tapados de modo a diminuir a libertação de humidade, evitando que o compressor gaste mais energia.
  • Nunca coloque alimentos quentes no frigorífico. Se os deixar arrefecer antes de os colocar no frigorífico, poupa energia.
  • Quando quiser tirar um alimento do congelador para o consumir no dia seguinte, descongele-o pondo-o no frigorífico em vez de no exterior. Deste modo, terá ganhos gratuitos de frio.
  • Descongele o congelador antes que a camada de gelo tenha 3 mm de espessura. Conseguirá uma poupança de 30%.
  • Certifique-se que as borrachas de vedação das portas estão em boas condições e que fecham bem, de modo a evitar perdas de frio. Coloque uma folha de papel entre a borracha e a porta: se a folha ficar solta, a porta não está a fechar convenientemente.
  • Quando se ausentar por tempo prolongado, esvazie o frigorífico e desligue-o da tomada.

9. LAVA-LOIÇA

  • Use a máquina de lavar loiça em vez de a lavar à mão. Poupe mais de 45 litros de água por cada carga e poupe 3 cêntimos por cada volta que a máquina dá.
  • Se lavar a loiça à mão, não deixe a água a correr continuamente, encha o lava-loiça com a água necessária.
  • Não lave a loiça peça a peça, junte-a e lave-a de uma só vez. Utilize a mínima quantidade de detergente possível para uma lavagem eficaz; diminui a quantidade de água necessária para enxaguar a loiça.
  • Quando cozer legumes, utilize apenas a água suficiente para os cobrir e mantenha a panela tapada; os legumes cozem mais rápido, poupa água e energia.

10. MÁQUINA DE LAVAR LOIÇA

  • Adquira máquinas de lavar loiça com etiqueta energética de classe A. Esta representa 3% no consumo de electricidade das famílias.
  • Escolha o tamanho da sua máquina de acordo com as suas necessidades.
  • Se tem contratada a tarifa bi-horária, procure utilizar a máquina de lavar loiça nos horários em que o consumo é mais económico.
  • Utilize, sempre que possível, a carga máxima indicada pelo fabricante (completa) e um programa económico e de baixa temperatura.
  • Com meia carga, use programas curtos ou económicos.
  • Utilize água fria para retirar a maior parte da sujidade da loiça antes de a meter na máquina.
  • Evite o ciclo de pré-lavagem, que deve apenas utilizar com loiça muito suja.
  • Mantenha sempre os depósitos de abrilhantador e sal cheios, uma vez que reduzem o consumo de energia na lavagem e secagem, respectivamente.
  • Limpe frequentemente os filtros. Uma boa manutenção melhora o comportamento energético da sua máquina.

11. MÁQUINA DE LAVAR ROUPA

  • Na compra do equipamento escolha o que é classificado como o mais eficiente energeticamente (Classe A). O consumo de electricidade da máquina de lavar roupa representa cerca de 5% do consumo total nas habitações.
  • Procure definir o programa – carga completa ou meia carga – em função do número de peças de roupa a lavar. Ligar a máquina com carga máxima poupa água, energia e tempo.
  • Utilize programas de baixa temperatura (30-40ºC) e economize até 50% da energia gasta. 80 a 90% do consumo total de um ciclo de lavagem deve-se ao aquecimento da água. Actualmente, os detergentes disponíveis no mercado garantem excelentes resultados de lavagem mesmo a baixas temperaturas.
  • Evite a pré-lavagem, excepto quando a roupa estiver muito suja.
  • Use descalcificantes e limpe regularmente o filtro da máquina de impurezas. Assim, não diminuirá o desempenho da sua máquina e poupará energia.
  • Se tem contratada a tarifa bi-horária, procure utilizar a máquina de lavar roupa nos horários em que o consumo é mais económico.

12. MÁQUINA DE SECAR ROUPA

  • Opte por centrifugar mais (a uma velocidade elevada) a roupa, na máquina de lavar, e sempre que possível, aproveite o calor do sol para a secar ao ar livre, em vez de utilizar a máquina de secar.
  • Na compra de uma máquina de secar roupa, escolha a classificada como mais eficiente energeticamente (Classe A).
  • Confirme se o tubo da máquina para o exterior é o mais curto possível, de modo a aumentar o rendimento de secagem.
  • Aproveite ao máximo a capacidade da sua máquina de secar e procure que esta trabalhe sempre com carga completa.
  • Procure separar a roupa de acordo com as suas necessidades de secagem.
  • Se a máquina tiver um dispositivo de medição da humidade, use-o, pois este desliga a máquina quando a roupa estiver seca. Use este sensor para evitar que a sua roupa seque excessivamente.
  • Sempre que possível, utilize o programa “para passar a ferro”, que não seca a roupa completamente. Poupará energia desnecessária.
  • Periodicamente, limpe o filtro da máquina e inspeccione o orifício de ventilação para garantir que não está obstruído.
  • Se tem contratada a tarifa bi-horária, procure utilizar a máquina de secar roupa nos horários em que o consumo é mais económico.

13. MICROONDAS

  • Utilize o microondas na confeccção de refeições pequenas – constitui uma boa alternativa ao fogão e ao forno convencionais. Pode ajudar a reduzir cerca de 70% da energia utilizada.
  • Descongele os alimentos ao natural sempre que possível/tiver tempo.
  • Utilize suportes apropriados para aquecer dois pratos em simultâneo.
  • Mantenha o interior do microondas limpo. A presença de restos orgânicos pode levar a um maior consumo de energia.

14. RESÍDUOS

POLÍTICA DOS 3 R – REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE RESÍDUOS

O primeiro passo é reduzir os resíduos produzidos. Em média, cada português produz 1,4 kg de resíduos domésticos por dia. A produção de produtos com uma maior longevidade e durabilidade é a solução.A reutilização de muitos dos objectos do dia-a-dia contribui para uma menor acumulação.A reciclagem – transformação dos materiais inúteis em novos produtos ou matérias-primas – diminui a quantidade de resíduos, poupa energia e recursos naturais, combate as alterações climáticas, reduz a poluição, limita a ocupação de solos para decomposição de lixos, cria emprego e contribui para um modelo de desenvolvimento sustentável e para um ambiente melhor.Sempre que possível, proceda à separação dos diferentes lixos.

LIXO ORGÂNICO

Na preparação e consumo dos alimentos são produzidas grandes quantidades de resíduos orgânicos, grande parte dos quais, se forem devidamente separados, têm um potencial de valorização, passando a ser uma matéria-prima.A matéria orgância recolhida é enviada para uma estação de tratamento onde produzirá biogás, que poderá ser utilizado para gerar energia eléctrica ou térmica. Para além desta energia, será produzido também um “composto” de elevada qualidade para a agricultura.Os óleos alimentares usados também podem ser reutilizados para produzir biodiesel, que, misturado com o gasóleo, permite substituir este combustível.

EMBALAGENS A COLOCAR NO ECOPONTO AZUL

Papel e cartão
Caixas
Sacos
Papel de escrita
Jornais e revistasPara cada tonelada de papel reciclado, evitamos cortar 14 árvores, gastar 50 000 litros de água e 2 barris de petróleo.

Para mais informações consulte http://www.pontoverde.pt/

EMBALAGENS A COLOCAR NO ECOPONTO AMARELO

Embalagens de plástico, metal e embalagens de cartão para bebidas
Garrafas
Frascos
Sacos
Esferovite
Latas
Tabuleiros de alumínio
Embalagens de leite, sumos e vinho5 Garrafas de plástico recicladas dão origem a polyester suficiente para uma t-shirt XL

Para mais informações consulte http://www.pontoverde.pt/

EMBALAGENS A COLOCAR NO ECOPONTO VERDE

Embalagens de vidro
Garrafas
Frascos
BoiõesPara cada tonelada de vidro reciclado, poupamos 1 200 kg de matérias-primas e 130 kg de combustível.

Para mais informações consulte http://www.pontoverde.pt/

16. SACOS DE PLÁSTICO

  • A produção de um saco de plástico implica a emissão de cerca 63 kg de carbono.
  • Evite usar sacos de plástico desnecessários. Procure levar sempre o seu próprio saco (de preferência de pano) quando vai às compras.
  • Reutilize os sacos, e sempre que for às compras não se esqueça de levar sacos.

17. TORRADEIRA

  • Optimize a utilização da torradeira. Por exemplo, se a torradeira é de 2 ranhuras, faça sempre 2 torradas.
  • Depois de utilizar a torradeira desligue-a da tomada eléctrica.